Introdução: As deformidades dento faciais são resultado de interferências ambientais ou genéticas no crescimento e desenvolvimento craniofacial, levando a alterações do sistema estomatognático. A cirurgia ortognática é uma abordagem terapêutica que visa corrigir essas deformidades. Objetivo: avaliar a qualidade de vida e o grau de satisfação de paciente submetidos a cirurgia ortognática. Método: Tratou-se de um estudo transversal retrospectivo no período de 2018 a 2022 junto a uma clínica odontológica particular, situada na cidade de São Paulo. A população amostral foi de trinta e nove (39) pacientes, que responderam a três questionários específicos e levantando os dados sociodemográficos, a avaliação do procedimento cirúrgico ortognático e a avaliação dos resultados pós-intervenção, segundo a escala de resultados Glasgow. Resultado: quanto a avaliação da cirurgia ortognáticas, essas não foram influenciadas pelo sexo, idade, estado civil ou escolaridade, mas houve uma associação significativa entre a faixa de renda e a percepção da mastigação/ oclusão antes da cirurgia. Conclusão: a pesquisa revelou que, exceto pela renda, as características sociodemográficas não influenciaram a Qualidade de Vida (QdV) pós-cirúrgica. Pacientes com maior renda avaliaram melhor a mastigação/oclusão. Diferenças significativas em sexo, idade, renda e estado civil destacaram a importância de uma abordagem holística na avaliação da QdV. A maioria dos avaliados teve melhora nos aspectos oclusais, estéticos e ou respiratórios pós cirurgia o que confirma a hipótese de que a cirurgia ortognática pode impactar na QdV.