Introdução: osteoporose é uma desordem esquelética generalizada que causa a redução da densidade e a degradação da microarquitetura óssea, aumentando o espaço do tecido ósseo trabecular, resultando em uma maior fragilidade, com possibilidade de fraturas do mesmo.Objetivo: este trabalho avaliou através de revisão sistemática com meta-análise, o índice de falhas de implantes e perda óssea marginal em pacientes com osteoporose comparado à pacientes saudáveis (sem osteoporose). Essa revisão seguiu os critérios PRISMA e foi registrada no PROSPERO. Método: uma busca por artigos foi feita via PubMed, Web of Science, Scopus, Cochrane, literatura cinza, e busca manual sem restrições de idioma ou data para publicações até abril de 2022. A pergunta PICO foi “Pacientes portadores de osteoporose apresentam previsibilidade clínica similar quando comparados à pacientes sem osteoporose?” A meta-análise foi realizada com o programa ReviewerManager 5.4. Resultados: nove estudos foram selecionados, totalizando 397 pacientes, idade média 62,1 anos, com 553 implantes instalados em pacientes com osteoporose, e 556 em pacientes saudáveis. O período de médio de acompanhamento foi 32,55 meses. Observou-se 10 falhas de implantes em pacientes com osteoporose e 4 falhas em pacientes sem osteoporose, porém, a meta-análise de razão de chances (RC) não indicou diferença significativa em relação a taxa de sobrevivência dos implantes (RC: 1,67; P = 0,57). Em contrapartida pacientes com osteoporose apresentaram maiores valores de perda óssea marginal em comparação à pacientes sem osteoporose (Diferença de média padronizada: 0,48 mm; P = 0,02). Conclusão: os implantes dentários podem ser considerados viáveis na reabilitação de pacientes com osteoporose. Entretanto, maiores cuidados clínicos são necessários para garantir a manutenção da estabilidade óssea peri-implantar a longo prazo.