Introdução: a técnica de polimento mecânico sem processo de queima tem ganhado destaque devido a facilidade para realização em consultório e para o repolimento periódico das restaurações. Objetivo: avaliar o comportamento mecânico de vitrocerâmicas (FFeldspática e DS-Dissilicato de lítio), após diferentes polimentos (Glaze (PG) versus polimento mecânico (PM) (extraoral e repolimento periódico (R)) – Kit Ceramisté – Shofu), submetidas ao desafio erosivo (DE-HCl 5%), por meio das análises de resistência à flexão (RF) e módulo de elasticidade (ME). Métodos: Foram confeccionados 80 espécimes de cada cerâmica (14×4×1,2mm), divididos em PG e PM (subdividido em: PM e PC- Repolimento Clínico). Submetidos ao DE durante 91h (DE1), 182h (DE2) e 273h (DE3). As análises foram realizadas após períodos de DE. Os grupos PC foram analisados após DE2 (repolidos após DE1), DE3 (repolidos após DE1 e DE2). Os dados obtidos foram submetidos ao teste ANOVA (2 fatores) seguido do teste de bonferroni. Resultados: os grupos PG apresentaram valores de RF estatisticamente superiores aos PM, independente da cerâmica. Para DS a partir de 182h de DE ocorreu redução estatisticamente significativa nos valores de RF no grupo PG, ainda, após 273h de DE o grupo repolido foi estatisticamente superior ao sem repolimento. Para F, não houve diferença estatística dentro dos grupos que receberam o mesmo polimento, independente do período de análise, e com relação ao repolimento, houve diferença estatística após 182h de DE, com maior média de RF para o grupo que foi repolido e, embora não tenha ocorrido diferença estatística após 273h entre os grupos com e sem repolimento, o grupo com repolimento apresentou uma diferença média de 34,68 Mpa em relação ao grupo sem repolimento. Para ME todos que receberam o mesmo polimento foram semelhantes estatisticamente entre si. Conclusão: O repolimento é uma opção viável, uma vez que favoreceu a resistência flexural das cerâmicas analisadas, resultando em valores similares aos obtidos pelo polimento com glaze.