Introdução: A cárie na primeira infância (CPI) provoca a rápida destruição dos dentes decíduos, prejudicando a eficácia mastigatória, estética e fonética. Devido à dificuldade em preveni-la e tratála, a CPI é a doença crônica mais comum da primeira infância. Objetivo: O objetivo desse estudo é proporcionar uma abordagem holística, abrangendo os fatores de risco e meios de intervenção, com o intuito de esclarecer a prevenção e tratamento da CPI. Material e método: O vigente estudo realizou uma revisão integrativa da literatura nacional e internacional da última década, utilizando o termo “earlychildhood caries”. Resultados: A sintomatologia da CPI inclui dor, abscesso, dificuldades mastigatórias e fonéticas. Os fatores de risco mais associados com a doença são: dieta rica em sacarose, higiene bucal deficiente, presença de biofilme, escasso acesso a serviços de saúde bucal e flúor. A conduta restauradora-reabilitadora depende da severidade da CPI, incluindo desde o uso de selantes até exodontias. Entretanto, apenas o tratamento restaurador-reabilitador não garante a cura e nem o controle da doença, sendo rotineira a recidiva das lesões. O tratamento deve abranger o diagnóstico e intervenção nos fatores causais da doença. A abordagem holística da CPI almeja o restabelecimento/manutenção da saúde bucal. Estratégias preventivas, como a inserção precoce de hábitos de higiene bucal, orientações sobre aleitamento natural/artificial, aconselhamento do uso racional do açúcar, controle de placa profissional e uso de fluoretos devem ser aplicadas. Conclusão: É indispensável à identificação dos fatores de risco da CPI para precisar medidas preventivas e terapêuticas, que auxiliem no declínio dos agravos e repercussões da doença.