Esteroide anabolizante androgênico promove dano oxidativo nas glândulas submandibulares de ratos wistar
Heloisa Rodrigues dos Santos LANDIM, Larissa Victorino SAMPAIO, Pedro Penati PIMPINATO, Arieli Raymundo VAZÃO, LÃvia CLAUDINO, Antonio Hernandes CHAVES-NETO
Resumo
Introdução: Os esteroides anabolizantes androgênicos (EAA) são substâncias sintéticas capazes de promover dano oxidativo em diversos tecidos, porém os possÃveis efeitos dessa medicação ainda são desconhecidos nas glândulas submandibulares. Objetivo: Análise do estado redox das glândulas submandibulares de ratos Wistar tratados com EAA. Material e método: Vinte e quatro ratos Wistar, 12 semanas de idade, foram distribuÃdos aleatoriamente em dois grupos (n=12): grupo controle (NaCl 0,9%) e grupo EAA (cipionato de testosterona, Deposteron®, 20 mg/kg) por via intramuscular, semanalmente, por 6 semanas. Após o perÃodo experimental, os animais foram sedados, eutanasiados por exsanguinação cardÃaca para coleta do sangue e as glândulas submandibulares foram removidas, limpas, pesadas, fracionadas e armazenadas a -80°C. Em seguida procedeu-se o preparo dos homogenatos glandulares, no qual os sobrenadantes obtidos foram utilizados para os ensaios espectrofométricas do estado redox, no qual foi analisado: capacidade oxidante total (COT), peroxidação de lipÃdios (TBARs), proteÃna carbonilada (PC), glutationa reduzida (GSH), capacidade antioxidante total, ácido úrico (AU), superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx). Os resultados foram analisados pelo teste Student t não-pareado (p<0,05). Resultados: O dano oxidativo foi confirmado pelo aumento concomitante da COT, TBARs e PC após tratamento com EAA. A capacidade antioxidante nãoenzimática evidenciou maior concentração de GSH no grupo EAA, enquanto capacidade antioxidante total e AU foram semelhantes entre os grupos. A defesa antioxidante enzimática foi caracterizada pelo aumento das atividades das enzimas SOD, CAT e redução da GPx no grupo EAA. Conclusão: O tratamento com alta dose de EAA promove desequilÃbrio do estado redox nas glândulas submandibulares com o aumento do dano oxidativo, o que pode ser considerado um fator de risco para o comprometimento do fluxo e composição bioquÃmica salivar.