Laserterapia de baixa potencia para o controle de xerostomia em um paciente com esclerodermia: relato de caso clínico
Giuliana BALIEIRO CRESCITELLI, Analú BARROS DE OLIVEIRA, Andreia BUFALINO, Túlio Morandin FERRISSE
Resumo
RESUMO: A esclerodermia é uma doença rara do tecido conjuntivo que se manifesta pela esclerose cutânea e envolvimento sistêmico variável. Suas principais manifestações orais são rigidez da língua, microstomia, xerostomia e graus variáveis de reabsorção dos óssos gnáticos e dentes. O objetivo deste estudo foi relatar o efeito da laserterapia de baixa intensidade no controle da xerostomia em um paciente com esclerodermia. Paciente do sexo feminino, 7 anos, com história clínica de esclerodermia, procurou por atendimento clinico com queixa de sensação de boca seca e várias lesões de cárie. Ao exame clinico a paciente apresentou pele facial com aspecto seco e rígido e xerostomia. O fluxo salivar basal estimulado foi avaliado antes e após o tratamento. A laserterapia de baixa intensidade para xerostomia foi realizada com 6 pontos intra-orais nas glândulas sublinguais, 10 pontos nas glândulas parótidas e oito pontos nas glândulas submandibulares com 808 nm, 100 mW e 0,8 J por 0,8 segundo cada ponto. A linha de base do fluxo salivar estimulado foi <0,1 ml / min. Após seis sessões, observou-se aumento do fluxo salivar. Paciente relatou alívio dos desconfortos. Conclui-se que a laserterapia de baixa potência foi efetiva no controle da xerostomia associada à esclerodermia, resultando em aumento do fluxo salivar e melhora na percepção de qualidade de vida do paciente.