RESUMO: A gengivite espongiótica juvenil é uma condição recentemente descrita como um subtipo distinto e incomum de inflamação gengival, em que ocorre a proliferação benigna do epitélio e afeta a gengiva anterior de crianças e adolescentes, de 5 anos até a segunda década de vida. Clinicamente, são lesões multifocais de cor vermelho brilhante e espessas, localizadas em gengiva marginal livre e gengiva aderida. Geralmente, nota-se falta de resposta ao tratamento periodontal convencional e devido a isso é importante submeter o paciente a uma biópsia, visto que essas lesões são assintomáticas e associadas a sangramento fácil. A patogênese dessa condição não é esclarecida e os tratamentos instituídos são individualizados, e existem casos que já foram tratados com crioterapia, terapia fotodinâmica, corticoterapia e também excisão cirúrgica convencional. O caso clínico em questão é de uma paciente do gênero feminino, de 19 anos, sistemicamente saudável, que compareceu ao Serviço de Medicina Bucal com queixa de “gengiva vermelha”. Ao exame clínico intraoral foi observado um edema associado a eritema de cor vermelho brilhante em gengiva marginal livre da região anterior de mandíbula e maxila. Incluímos no diagnóstico clínico gengivite espongiótica juvenil, gengivite plasmocitária, gengivite descamativa, GEHA e gengivite associada a leucemia. A paciente foi submetida a biópsia e a confirmação histológica foi compatível com Gengivite Espongiótica Juvenil. Portanto, é importante que o cirurgião-dentista conheça os prováveis diagnósticos para gengivites atípicas, mesmo que sejam condições infrequentes como a condição em questão.