A esclerodermia é uma doença rara do tecido conjuntivo que se manifesta pela esclerose cutânea e envolvimento sistêmico variável. Suas rincipais manifestações orais são rigidez da língua, microstomia, xerostomia e graus variáveis de reabsorção dos óssos gnáticos e dentes. O objetivo desse trabalho é relatar o efeito da laserterapia no estímulo da salivação em uma paciente portadora de Esclerodermia. Paciente do gênero feminino, 7 anos, buscou atendimento na Clínica de Odontopediatria da FOAr. História médica revelou esclerodermia sistêmica e transplante de medula há 4 anos. Ao exame clínico foi observado pele da face com aspecto seco e rígido, limitação de abertura bucal, xerostomia, má oclusão e dentes cariados. Iniciou-se o tratamento odontológico para adequação do meio bucal e tratamento da xerostomia com laserterapia de baixa intensidade, que foi realizado com seis sessões semanais. Foram aplicados 6 pontos intra-orais nas glândulas sublinguais com 660 nm, 10 mW e 0,7 J por 0,7 segundos cada ponto. Aplicações extra-bucais foram realizadas em 10 pontos nas glândulas parótidas e oito pontos nas glândulas submandibulares com 808 nm, 100 mW e 0,8 J por 0,8 segundos cada ponto. O fluxo salivar estimulado inicial foi <0,1ml por minuto e novas coletas foram realizadas após 3 e 6 sessões, sendo observado um aumento do fluxo salivar, lubrificação e hidratação dos tecidos orais e alívio dos desconfortos relatados pela paciente. Conclui-se que a laserterapia de baixa intensidade é eficaz no controle da xerostomia associada à esclerodermia, resultando no aumento do fluxo salivar e na melhora da qualidade de vida do paciente.