A hipomineralização molar-incisivo (HMI) tem por característica defeitos qualitativos e quantitativos de tecidos dentários e pode ser notada visualmente por alterações na translucidez do esmalte. Ao exame clínico observa-se um esmalte poroso e com aspecto de ‘’queijo holandês’’, esta característica favorece a sensibilidade dentária e lesões cariosas, as quais, levam a necessidade de recorrentes e extensivos tratamentos. O presente trabalho tem como objetivo o relato de caso de paciente do gênero feminino, 10 anos de idade, com diagnóstico de HMI nos dentes 21, 31, 41 e nos molares permanentes. A paciente procurou atendimento devido a sensibilidade nos incisivos e dor intensa nos molares, os quais, estavam associados a cárie dentária. Inicialmente o tratamento instituído nos incisivos foi a microabrasão porém, não obtendo resultados satisfatórios realizou-se a restauração com resina composta. No dente 16 optou-se pelo cimento de ionômero de vidro, enquanto no dente 46 o tratamento de escolha foi resina composta. No acompanhamento clínico as restaurações dos molares apresentaram-se desgastadas, sendo necessário a realização do tratamento endodôntico no dente 46 e nova restauração com resina composta no dente 16. Observa-se que casos de HMI necessitam de acompanhamento periódico, e os diferentes tipos de tratamento a serem instituídos dependem, dentre outros fatores, do grau de severidade da alteração.