Diferentes fatores podem levar ao desequilíbrio do aparelho estomatognático ou da biomecânica da ATM e predispor a ocorrência das disfunções temporomandibulares. Baseado nisso, procurou-se verificar a presença de disfunção temporomandibular (DTM), distúrbio do sono e estresse, bem como a associação entre estes fatores em trabalhadores de três indústrias em um município do interior do Estado de São Paulo. Aplicou-se o Questionário de Fonseca para verificar o grau de DTM; o Questionário de Avaliação do Sono de Toronto (SAQ); e a Escala de Reajustamento Social (SRRS) para verificar o grau de estresse. Os dados coletados foram tabulados por meio do programa Epi Info 7 e analisados estatisticamente por meio do Teste Qui-Quadrado, com nível de significância de 5%. Participaram da pesquisa 104 trabalhadores, a maioria era do sexo masculino (74%) e apresentava de 35 a 44 anos (26%). Trinta e sete (35,6%) tinham algum grau de disfunção, 65 (62,5%) distúrbios do sono e 6 (5,8%) graus mais elevados de estresse. Após a análise estatística, não foi observada associação significativa entre estresse e disfunção temporomandibular (DTM); entretanto, a mesma ocorreu entre qualidade do sono e sexo com a DTM (p<0,01). Conclui-se que alta porcentagem da população analisada apresenta distúrbios do sono e DTM. O sexo e a qualidade do sono influenciam na ocorrência da DTM.