Fluoretação das águas em 40 cidades do estado de SP: sete anos de análise
Moimaz, S.A.S.; Saliba, N.A.; Saliba, O.; Sumida, D.H.; Souza, N.P.; Chiba, F.Y.; Marques, B.M.; Garbin, C.A.S.
Rev. odontol. UNESP, vol.41, nEspecial, p.0, 2012
Resumo
A fluoretação das águas, método de prevenção da cárie dentária, é destaque dentro da Política Nacional de Saúde Bucal.É fundamental que a universidade, serviços públicos de saúde e a população realizem o acompanhamento do processo de fluoretação, exercendo assim o controle social. Este trabalho analisou os resultados dos teores de flúor nas águas de abastecimento público de 40 cidades do estado de SP, durante 7 anos. Foram definidos 3 pontos de coleta para cada fonte de abastecimento de água nas cidades. As amostras foram coletadas mensalmente, de novembro de 2004 a outubro de 2011, e analisadas no laboratório do Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva (NEPESCO) da FOA/Unesp. Foram analisadas 19533 amostras de água, sendo 18847 fluoretadas e 686 não-fluoretadas. Nas amostras de água fluoretada, observou-se que 52% apresentaram teores de flúor no intervalo que oferece a melhor combinação benefício/risco; 7% benefício mínimo e risco baixo; 14% benefício máximo e risco moderado; 23% com benefício e risco insignificantes; 2% com benefício questionável e risco alto e 1% com risco muito alto. A maioria das amostras de água fluoretada apresentaram teores de flúor dentro do intervalo que proporciona a melhor combinação de risco e benefício, reafirmando a importância do método. A fluoretação das águas tem sido satisfatória nos municípios estudados. O programa de vigilância do teor de flúor nas águas de abastecimento público da Unesp tem promovido a integração com os serviços públicos de saúde e contribuído para que o processo seja realizado de forma segura e confiável.