O declínio de cárie dentária tem sido atribuído ao amplo uso de fluoretos. O objetivo desse trabalho foi avaliar, in situ, a importância clínica de não permitir que o paciente enxágüe a boca após a ATF na remineralização de lesão de cárie, utilizando gel e espuma fluoretada de pH neutro. Blocos de dentes bovinos foram selecionados através da dureza superficial e divididos em 5 regimes experimentais: gel sem fluoreto; gel e espuma fluoretada com 30 minutos sem lavar; gel e espuma fluoretada lavando a cavidade bucal após ATF. Nove voluntários utilizaram dispositivos palatinos com 4 blocos de esmalte com lesão de cárie artificial, durante 3 dias após ATF. Dois blocos foram removidos para análise do fluoreto de cálcio (CaF2) formado. Nos dois blocos restantes foi realizada a análise de dureza de superfície, para o cálculo da porcentagem de recuperação de microdureza de superfície (%SMHR) e o CaF2 retido, após período experimental.Os regimes fluoretados produziram maior remineralização (%SMHR) comparado ao grupo placebo (p < 0,05). Não houve diferença na capacidade de remineralização entres os regimes experimentais utilizando o fluoreto (p > 0,05). A concentração de fluoreto formado e retido foi semelhante independente do regime experimental com fluoreto (p > 0,05), em cada análise. Concluiu-se que a lavagem bucal imediatamente após a aplicação tópica não reduziu a capacidade do fluoreto de remineralização.