A mucosite oral é uma das complicações que mais frequentemente acometem pacientes portadores de câncer de cabeça e pescoço e que são submetidos ao tratamento radioterápico, sendo o maior fator dose-limitante para este tipo de tratamento. Outras complicações podem acompanhar este quadro, agravando-o, como a xerostomia e as infecções fúngicas. Clinicamente, a mucosite oral se apresenta em forma de múltiplas ulcerações dolorosas com leito pseudomembranoso amarelado, distribuídas por toda a mucosa. Neste trabalho serão apresentados três casos clínicos de pacientes em tratamento oncológico (radio e/ou quimioterápico), para carcinoma de cabeça e pescoço, que apresentaram durante este tratamento, quadros variados de ulcerações dispersas pela mucosa oral, muito dolorosas associadas ou não à infecção secundária, principalmente por Candida sp. O tratamento comum aos três casos foram bochechos diários com antifúngicos, associados a outros medicamentos, quando necessários, além de orientação quanto à higiene oral, alimentação e hidratação. Em todos os casos apresentados houve controle das lesões, com melhora do quadro clínico e da qualidade de vida destes pacientes durante este difícil tratamento. Salientamos a importância da presença do cirurgião-dentista nas equipes multiprofissionais que atendem estes pacientes. Apoio: FAPESP.