Revista de Odontologia da UNESP
https://revodontolunesp.com.br/article/doi/10.1590/S1807-25772014000100002
Revista de Odontologia da UNESP
Artigo Original

Comparação da latência anestésica de Articaína, Lidocaína, Levobupivacaína e Ropivacaína através de ‘Pulp Tester’

Comparison of the anesthetic latency of Articaine, Lidocaine, Levobupivacaine and Ropivacaine, through “Pulp Tester”

Britto, Ana Caroline Siqueira; Oliveira, Allan Carlos A. de; Lima, Carlos Alysson Aragão; Souza, Liane Maciel de Almeida; Paixão, Mônica Silveira; Groppo, Francisco Carlos

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Resumo

Introdução: Um conhecimento profundo dos anestésicos odontológicos, como o tempo de latência da droga, pode assegurar o êxito do controle da dor no trans e no pós-operatório. Objetivo: Comparar a latência entre quatro soluções anestésicas, ou seja, o tempo entre o início da deposição do anestésico local e o momento em que seus efeitos tornam-se perceptíveis. Entretanto, isso não está relacionado com o êxito do controle da dor no trans e no pós-operatório (profundidade da anestesia). Material e método: Foi realizado um estudo duplo cego, cruzado e randomizado, com 30 pacientes voluntários submetidos a quatro procedimentos em intervalos de uma semana, a partir de bloqueio do alveolar superior posterior. No segundo molar a ser tratado, foi utilizado o ‘pulp tester’ em intervalos de 2 minutos, considerando a insensibilidade da polpa quando da ausência de resposta após dois testes consecutivos de 80muV, chegando ao máximo de 10 minutos e determinando, assim, o período de latência do anestésico. Os dados foram submetidos aos testes T-student, de Friedman e de Kruskal-Wallis (p<0,05). Resultado: Não houve diferenças estatisticamente significativas (p=0,8327) entre as soluções anestésicas. Para todas estas, a mediana foi 2 minutos. Não houve, ainda, diferenças significantes entre os gêneros em relação à idade (p=0,4545), bem como entre os valores, quando se tentou observar a influência do gênero nos valores de latência (p=0,6754). Conclusão: Sendo os tempos médios de latência idênticos, a escolha da droga dependerá da duração do procedimento cirúrgico-odontológico a se realizar, além da necessidade ou não de analgesia pós-operatória.

Palavras-chave

Anestesia, lidocaína, bloqueio nervoso

Abstract

Introduction: A thorough knowledge of dental anesthetics, like the lag time of the drug, can ensure the success of pain control during and after surgery. Objective: Comparing the latency time of 4 anesthetics, in other words, the time between the deposition of the local anesthetic and when its effects become noticeable. However, this is not related with the successful pain control during and after surgery (depth of anesthesia). Material and method: We conducted a double-blind, crossover, randomized study with 30 volunteers underwent 04 procedures in one-week intervals from the posterior superior alveolar block. In the second molar being treated, the pulp tester was used at intervals of 02 minutes, considering the insensitivity of the pulp when there is no response after two consecutive tests of 80muV, peaking at 10 minutes thus determining the latency period of the anesthetic. The data were submitted to t-student test, Friedman test and Kruskal-Wallis test (p<0.05). Result: There were no statistically significant differences (p=0.8327) between the anesthetics. In all cases the median was 2 minutes. Still, there were no significant differences between genders in relation to age (p=0.4545), as well as between the values when it attempted to observe the influence of gender in latency values (p=0.6754). Conclusion: Since the average lag time was identical, the choice of the drug will depend on the duration of the oral surgery and the necessity of postoperative analgesia

Keywords

Anesthesia, lidocaine, nerve block

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