Avaliação da liberação de fl úor e da capacidade de recarga em diferentes cimentos de ionômero de vidro
Evaluation of the fl uoride release and ability to recharge in diff erent glass ionomer cements
Pupo, Yasmine Mendes; Bakaus, Thaís; Farago, Paulo Vitor; Ferro, Lea Rosa Chioca; Gomes, Osnara Maria Mongruel; Gomes, João Carlos
Resumo
Objetivo: Avaliar a liberação e a capacidade de recarga de flúor de diferentes cimentos de ionômero de vidro, durante a simulação de desafio cariogênico. Material e método: Foram confeccionados 12 corpos de prova para cada grupo experimental, com cimentos de ionômero de vidro convencionais – Maxxion R (FGM), Ketac Molar EasyMix (3M ESPE); cimento de ionômero de vidro modificado por resina – Vitrebond (3M ESPE), e resina composta, Filtek™ Z350XT (3M ESPE), como controle negativo. Os corpos de prova foram imersos alternadamente em sistema de ciclagem de pH, permanecendo 6 horas na solução de desmineralização e 18 horas na de remineralização, sendo mantidos em estufa a 37°C. Liberação de flúor foi verificada 1, 2, 7 e 14 dias antes e após a recarga com flúor, com eletrodo específico acoplado ao aparelho analisador de pH/fluoretos, calibrado a cada medição com soluções de fluoreto de sódio a 1 e 10 ppm, preparadas com TISAB II. Para leitura, foi adicionado 0,5 mL da amostra a igual volume de TISAB II. Recarga foi realizada com flúor neutro 2% por 4 minutos nas amostras, lavadas e imersas novamente nas soluções do sistema de ciclagem de pH. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey (α=0,05). Resultado: A liberação inicial de fluoreto (μgF/cm2) foi de 45,36; 37,49, e 26,35 para Maxxion R, Vitrebond e Ketac Molar EasyMix, respectivamente. Diferenças estatísticas significativas entre os materiais foram verificadas antes e após a recarga (p=0,001). Após a aplicação tópica de flúor, os cimentos de ionômero de vidro apresentaram capacidade de recarga de flúor. Conclusão: Cimentos de ionômero de vidro avaliados foram capazes de liberar flúor em soluções de ciclagem de pH e podem recarregar flúor através da aplicação tópica.
Palavras-chave
Abstract
Objective: To evaluated the ability to fluoride release and recharge in the different glass ionomer cements during simulation of cariogenic challenge. Material and method: Twelve samples were made for each experimental group: conventional glass ionomer cements, Maxxion R (FGM), Ketac Molar EasyMix (3M ESPE); resin modified glass ionomer cement, Vitrebond (3M ESPE); and composite resin Filtek™ Z350XT (3M ESPE), negative control. The samples were immersed alternately in pH cycling method, remaining 6 hours in demineralization solution and 18 hours in remineralization solution and maintained at 37 °C. Fluoride release was measured 1, 2, 7, and 14 days before and after recharging with specific electrode coupled to the analyzer apparatus pH/fluoride, each measurement with calibrated solutions of sodium fluoride to 1 and 10 ppm, prepared with TISAB II. For reading was added 0.5 mL of sample to an equal volume of TISAB II. Recharging was made with neutral sodium fluoride to 2% for 4 minutes in the samples, washed and again immersed pH cycling solutions. Data were subjected to two-way ANOVA and Tukey’s post-hoc test (α = 0.05). Result: The initial fluoride release (μgF/cm2) was 45.36 ; 37.49 and 26.35 for Maxxion R, Vitrebond and Ketac Molar EasyMix, respectively. Significant differences between the materials before and after recharging were observed (p=0.001). After topical application of fluoride, both showed ability to recharge. Conclusion: The glass ionomer cements evaluated were capable of releasing fluoride in pH cycling solutions and may recharge through of a topical application.
Keywords
References
1. Tenuta LMA, Pascotto RC, Navarro MFL, Francischone CE. Liberação de flúor de quatro cimentos de ionômero de vidro restauradores. Rev Odontol Univ Sao Paulo. 1997; 11(4):249-53. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-06631997000400005.
2. Neelakantan P, John S, Anand S, Sureshbabu N, Subbarao C. Fluoride release from a new glass-ionomer cement. Oper Dent. 2011 Jan-Fev;36(1):80-5. http://dx.doi.org/10.2341/10-219-LR. PMid:21488733
3. Dionysopoulos P, Kotsanos N, Pataridou A. Fluoride release and uptake by four new fluoride releasing restorative materials. J Oral Rehabil. 2003 Set;30(9):866-72. http://dx.doi.org/10.1046/j.1365-2842.2003.00993.x. PMid:12950966
4. Featherstone JDB, O’Reilly MM, Shariati M, Brugler S. Enhancement of remineralization in vitro and in vivo. In: Leach SA, editor. Factors relating to demineralisation and remineralisation of the teeth. Oxford: IRL Press; 1986. p. 23-44.
5. Paradella TC. Cimentos de ionômero de vidro na odontologia moderna. Rev Odontol UNESP. 2004 Out-Dez;33(4):157-61.
6. Markovic DL, Petrovic BB, Peric TO. Fluoride content and recharge ability of five glassionomer dental materials. BMC Oral Health. 2008; 8(1):21. http://dx.doi.org/10.1186/1472-6831-8-21. PMid:18655734
7. Christensen G. Glass-ionomer-resin restorations. Clin Res Assoc Newsletter. 1992; 16(3):1-2.
8. McLean JW, Nicholson JW, Wilson AD. Proposed nomenclature for glass-ionomer dental cements and related materials. Quintessence Int. 1994 Set;25(9):587-9. PMid:7568709.
9. Davidson CL. Advances in glass-ionomer cements. J Appl Oral Sci. 2006;14(1 Suppl):3-9. PMid:19089079.
10. Wilson AD. Resin-modified glass-ionomer cements. Int J Prosthodont. 1990 Set-Out;3(5):425-9. PMid:2088379.
11. Ilie N, Hickel R. Mechanical behavior of glass ionomer cements as a function of loading condition and mixing procedure. Dent Mater J. 2007 Jul;26(4):526-33. http://dx.doi.org/10.4012/dmj.26.526. PMid:17886457
12. Bombonatti J, Navarro MFL, Elias ER, Buzalaf MAR, Lauris JRP, Delbem ACB. Liberação de flúor do Vitremer em diferentes proporções pó/líquido, em comparação com dois selantes de fóssulas e fissuras. Rev Ciên Méd Biol. 2003 Jul-Dez;2(2):201-7.
13. Carvalho AS, Cury JA. Fluoride release from some dental materials in different solutions. Oper Dent. 1999 Jan-Fev;24(1):14-9. PMid:10337293.
14. Silva FDSCM, Duarte RM, Sampaio FC. Liberação e recarga de flúor por cimentos de ionômero de vidro. RGO – Rev Gaúcha Odontol. 2010 Out-Dez;58(4):437-43.
15. DeSchepper EJ, Berr EA 3rd, Cailleteau JG, Tate WH. A comparative study of fluoride release from glass-ionomer cements. Quintessence Int. 1991 Mar;22(3):215-9. PMid:2068261.
16. Miller BH, Komatsu H, Nakajima H, Okabe T. Effect of glass ionomer manipulation on early fluoride release. Am J Dent. 1995 Ago;8(4):182-6. PMid:7576384.
17. Verbeeck RM, de Moor RJ, Van Even DF, Martens LC. The short-term fluoride release of a hand-mixed vs. capsulated system of a restorative glass-ionomer cement. J Dent Res. 1993 Mar;72(3):577-81. http://dx.doi.org/10.1177/00220345930720030401. PMid:8450117
18. Pedrini D, Gaetti-Jardim E Jr, Mori GG. Influência da aplicação de flúor sobre a rugosidade superficial do ionômero de vidro Vitremer e adesão microbiana a este material. Pesqui Odontol Bras. 2001 Jan-Mar;15(1):70-6. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-74912001000100013. PMid:11705319