Introdução: O reimplante dentário pode ser desafiado por condições como a diabetes mellitus, que prejudica o processo de cicatrização. A suplementação com ômega-3, conhecida por suas propriedades anti-inflamatórias, pode potencialmente melhorar o reparo tecidual. Investigar seu impacto em ratos diabéticos pode fornecer insights sobre sua eficácia em condições adversas de cicatrização. Objetivo: avaliar o processo de reparo após reimplante tardio em ratos diabéticos suplementados com ômega-3. Métodos: Foram utilizados quarenta ratos machos Wistar, distribuídos em 4 grupos (n=10): normoglicêmicos/controle (C), diabéticos (DM), normoglicêmicos suplementados com ômega-3 (O), e ratos diabéticos suplementados com ômega-3 (DM+O). A diabetes mellitus foi induzida por injeção intravenosa de estreptozotocina, e a suplementação com ômega-3 foi administrada por gavagem durante 60 dias, 15 dias antes e 45 dias após o reimplante. Os incisivos superiores direitos dos animais extraídos e tratados com o protocolo estabelecido pela Associação Internacional de Traumatologia Dentária, 15 dias depois do início da suplementação com Ômega-3. Após o fim do período experimental, os animais foram eutanasiados, e as maxilas coletadas e processadas para a análise histológica em coloração de H.E. e imunoistoquímica para IL-6 e TNF-α. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística (p<0,05). Resultados: Observou-se maior inflamação e imunomarcação para IL-6 e TNF-α no grupo C em comparação ao grupo O, além de menor organização do ligamento periodontal (p<0,05). O grupo DM mostrou mais inflamação, imunomarcação para IL-6, reabsorção inflamatória e menor organização do ligamento periodontal em relação ao grupo DM+O (p<0,05). Não houve diferença entre os grupos DM e C para nenhum parâmetro (p>0,05). Conclusão: A suplementação com ômega-3 demonstrou reduzir a inflamação e promover a recuperação após o reimplante tardio em ratos normoglicêmicos e diabéticos.