Introdução: Apesar dos avanços técnicos e tecnológicos na endodontia, ainda há a possibilidade do insucesso do tratamento, e, nesses casos, o retratamento endodôntico deve ser realizado pra manutenção do dente com saúde e função. Entretanto, a presença de retentores intrarradiculares impossibilita o acesso aos canais radiculares, sendo necessária a sua remoção. Objetivo: descrever uma série de três casos clínicos em que houve a remoção de pinos intrarradiculares seguida de reintervenção endodôntica. Este trabalho ainda explora as técnicas, desafios e importância clínica desses processos, destacando sua relevância na prática odontológica contemporânea. Conduta Clínica: Caso #1: Foi realizada a remoção de um pino metálico intracanal e a reintervenção endodôntica em um dente 26. Na primeira sessão, foi executada a remoção do retentor, e na segunda sessão, a desobturação, novo preparo químico-mecânico com Limas Logic e obturação com cimento AH Plus. Caso #2: Foi realizada a remoção de dois retentores metálicos instalados nos dentes 14 e 15, pela técnica Sistema Integrado Simultâneo Ultrassônico (SISU). A reintervenção endodontica foi conduzida em duas sessões, com uso de medicação intracanal (MIC) por 21 dias. Caso #3: Foi realizada a reintervenção endodôntica em um dente 46, no qual havia um pino metálico rosqueável instalado, e perfuração observada previamente à remoção. O caso foi conduzido primeiramente pela remoção do retentor, desobturação do sistema de canais radiculares, desbridamento da perfuração com o ultrassom, seguido de preenchimento com MIC à base de hidróxido de cálcio. Em uma segunda sessão, os canais foram obturados com cimento AH Plus, e a perfuração selada com MTA Repair HP. Resultados: Em todos os casos foi possível lograr êxito na remoção dos retentores utilizando a tecnologia ultrassônica. Conclusão: Desde que haja a aplicação de recursos técnicos e tecnológicos, a reintervenção endodôntica de dentes associados a retentores metálicos pode ser conduzida com sucesso e previsibilidade.