Potencial antimicrobiano de resinas protéticas modificadas com AgVO3
Lívia Maiumi UEHARA, João Marcos CARVALHO-SILVA, Izabela FERREIRA, Ana Beatriz Vilela TEIXEIRA, Marco Antônio SCHIAVON, Andréa Cândido dos REIS
Resumo
Introdução: A adição de vanadato de prata nanoestruturado decorado com nanopartículas de prata (AgVO3), antimicrobiano de amplo espectro, em resinas à base de polimetilmetacrilato pode prevenir o desenvolvimento de biofilmes. Objetivo: Incorporar 2,5%, 5% e 10% de AgVO3 em resinas termopolimerizável (RT) e para impressão (RI) e avaliar a atividade antimicrobiana frente à biofilme multiespécies (Candida albicans, Candida glabrata e Streptococcus mutans). Material e método: Os microrganismos foram padronizados a 1x106 (Candida spp.) e 1x107 (S. mutans) UFC/mL. O biofilme foi formado sobre os espécimes, desprendido, diluído, semeado em placas de Petri, e após 48 horas, realizada contagem de UFC/mL. Foi aplicado o teste ANOVA de uma via e pós-teste de Tukey (P < 0,05). Resultados: Para C. albicans: RT e RI 10% aumentaram a contagem, em comparação aos controles (P = 0,0001); RT 2,5% mostrou contagem semelhante ao controle (P = 0,520); RT 5% demosntrou aumento (P = 0,0001); RI 2,5 e 5% não influenciaram na contagem (P = 0,998). Para C. glabrata: RI 2,5% aumentou a contagem (P = 0,080), enquanto 5 e 10% não demostraram influência (P = 0,092); A contagem de todos os grupos RT não foi influenciada pela adição de AgVO3 (P = 0,128); No entanto, RT 10% apresentou menor contagem comparado a RI (P = 0,001). Para S. Mutans: RT 10% inibiu o crescimento microbiano, 5% reduziu a contagem (P = 0,0001) e 2,5% teve contagem semelhante ao controle (P = 0,998); A incorporação em RI não influenciou na contagem (P < 0,05). Conclusão: Os grupos com 5% e 10% de AgVO3 incorporados à RT apresentam maior ação antimicrobiana contra S. mutans nesse modelo de biofilme multiespécies.