Tumor odontogênico adenomatóide: evidências da sua origem a partir de componente cístico e revisão de literatura
Thales Peres Candido MOREIRA, Gabriela Fonseca ROCHA, Heitor Albergoni da SILVEIRA, Karina Helen MARTINS, Cássio Roberto Rocha dos SANTOS, Ana Terezinha Marques MESQUITA, Jorge Esquiche LEÓN
Resumo
Introdução: O tumor odontogênico adenomatoide (TOA) é um tumor benigno distinto da cavidade oral. Estudos mostram que um componente cístico é frequentemente presente, sendo encontrado em aproximadamente entre 41% à 56% dos casos de TOA. No entanto, é importante ressaltar que a natureza desse componente cístico ainda é controversa e frequentemente objeto de debate. É crucial excluir cuidadosamente o diagnóstico de cisto dentígero (CD) em tais casos. Até o momento, cerca de 43 casos de TOA associados a CD foram relatados. Objetivo: O presente trabalho traz um interessante caso de TOA folicular afetando a maxila numa paciente de 13 anos, do sexo feminino. Conduta Clínica: Foi realizada uma biópsia incisional e enviado para análise histopatológica para confirmar o diagnóstico e excluir outros diagnósticos diferenciais. Resultados: A análise histopatológica revelou uma lesão predominantemente cística com depósitos calcificados intraepiteliais e alterações morfológicas presente nas camadas basal e parabasal, intimamente associados com ninhos típicos de TAO. Estes, aparentavam estar emergindo ou originando do componente cístico. Conclusão: Nossos achados sugerem que, em um subgrupo de TOA, o componente cístico seja parte integrante do tumor. Vale ressaltar que, a identificação do componente cístico é essencial para o diagnóstico diferencial entre TOA e cisto dentígero (CD). Assim, a compreensão dessas perspectivas tem implicações diretas no diagnóstico e manejo desta lesão.