Reabilitação oral utilizando enxerto de crista ilíaca para reconstrução mandibular: relato de caso
Sara Alves BERTON, Maria Cristina Ruiz Voms STEIN, Natalia dos Santos SANCHES, Caroline Liberato MARCHIOLLI, Sabrina FERREIRA, Everton Pontes MARTINS, André Luis da Silva FABRIS, Idelmo Rangel GARCIA JÚNIOR
Resumo
A reabilitação oral em pacientes com edentulismo total e severa atrofia dos maxilares representa um desafio significativo na implantodontia. Além disso, desempenhando um papel fundamental na reabilitação com implantes dentários, os enxertos ósseos permitem a restauração da estrutura óssea e asseguram a osseointegração. Os enxertos autógenos, utilizados nas reconstruções ósseas, são considerados padrão ouro devido a sua biocompatibilidade, conferindo altas taxas de sucesso. O objetivo deste relato parte da reconstrução de uma mandíbula atrófica com enxerto de crista ilíaca, seguida do levantamento de seio bilateral em arco maxilar. Em que ambos os arcos foram reabilitados com prótese do tipo protocolo. Paciente do gênero feminino de 55 anos compareceu a clínica odontológica em Araçatuba/SP para reabilitação oral. Na avaliação pré-clínica, paciente apresentava edentulismo e severa atrofia dos maxilares, com selamento profundo dos lábios e assimetria dos terços faciais devido à perda de dimensão vertical. Na reconstrução mandibular, foi realizada a fixação de enxerto em bloco e particulado da crista ilíaca, seguida da instalação de 4 implantes e aplicação de cola de fibrina. Posteriormente, foi efetuado o levantamento bilateral do seio maxilar, com a instalação de 6 implantes. Após a finalização das etapas protéticas as próteses protocolos foram instaladas em ambos os arcos. Com isso, concluiu-se que o enxerto de crista ilíaca, apesar de sua complexidade, é uma alternativa favorável e segura para pacientes com rebordos severamente atróficos. Esse procedimento, combinado com a reabilitação com prótese protocolo, melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes, restaurando a estética e a função.