Introdução: Muitos dentes que necessitam de restaurações estéticas têm tratamento endodôntico, o que pode reduzir a rigidez dentária devido à cirurgia de acesso pulpar. Para melhorar a resistência desses dentes às fraturas, estudos têm avaliado a cimentação de pinos de fibra de vidro no conduto radicular. Os pinos de fibra de vidro são resistentes à fadiga, possuem alta força de tensão e módulo de elasticidade similar ao da dentina, o que pode reduzir o risco de fraturas radiculares e coronárias, apesar da falta de consenso na literatura. Objetivo: Este estudo visa acompanhar por 5 anos um ensaio clínico randomizado para avaliar o impacto dos pinos de fibra de vidro na suscetibilidade à fratura de dentes anteriores superiores tratados endodonticamente e restaurados com facetas de resina composta. Método: Foram confeccionadas 50 facetas dentárias, divididas em dois grupos (n=25), com e sem pino de fibra de vidro. Utilizou-se cimento resinoso, sistema adesivo universal e resina composta convencional para ambos os grupos. No grupo com pino, realizou-se a cimentação e selamento da face lingual, preparo para a faceta, medição da espessura da estrutura dental remanescente e inserção de resina composta. Os tratamentos foram avaliados por dois examinadores calibrados no início, 6 e 12 meses, e a avaliação de 5 anos foi realizada posteriormente. Resultados: Dos 50 pacientes, 29 retornaram após 5 anos. Observou-se 1 fratura catastrófica no grupo com pino e 3 no grupo sem pino, sem diferença significativa entre os grupos. Conclusão: A utilização de pino de fibra de vidro não influenciou significativamente o desfecho primário do estudo.