Introdução: Previamente à confecção de próteses totais mucossuportadas, o cirurgião dentista deve atentar-se às características de rebordo alveolar e tecidos moles do paciente capazes de diminuírem a retenção da futura prótese e, a partir disso, ponderar a necessidade de realizar cirurgias pré-protéticas corretivas. Objetivo: O objetivo deste trabalho é relatar um caso atendido na clínica de residência em prótese dentária na Clinica Odontologica Universitária da Universidade Estadual de Londrina. Conduta clínica: Paciente do sexo masculino, idoso, desdentado total e sem doenças sistêmicas. Ao exame clínico, observou-se a presença de freio labial superior proeminente, além de bridas inseridas. Situações que podem causar deslocamento das próteses totais quando em uso e retenção insuficiente. Fez-se necessária, então, abordagem cirúrgica para correção anatômica do tecido mole, possibilitando a confecção das próteses totais. A frenectomia e a bridectomia foram realizadas por meio da técnica do pinçamento simples, resultando na desinserção dos freios e bridas, o pós-operatório correu bem e sem maiores complicações. Após uma semana, a cicatrização estava quase completa, mas uma nova abordagem cirúrgica foi necessária para que o quadro pudesse ser considerado satisfatório, já que recidivas de reinserção eram notórias. Após 7 dias da segunda intervenção foi possível realizar a moldagem funcional para iniciar a confecção das próteses, as quais foram instaladas após 26 dias. Resultado: Paciente não se queixou de perda de retenção, que agora possuía um rebordo mais livre e favorável para a utilização das próteses, com bordas de recorte dentro de um quadro esperado . Conclusão: Para uma reabilitação protética dentro dos princípios fundamentais para o bom funcionamento do aparelho estomatognático, as cirurgias préprotéticas comumente fazem parte do planejamento, tendo como objetivo melhorar as condições anatômicas para instalação de próteses totais ou parciais removíveis bem adaptadas, evitando desconforto e lesões.