Redução aberta de fratura condilar pediátrica: relato de caso clínico
Ana Paula Kislhak Ferreira da SILVA, Mario Francisco Real GABRIELLI, Douglas Bolzon SCATOLIM, Valfrido Antonio PEREIRA FILHO, Marisa Aparecida Cabrini GABRIELLI
Resumo
Introdução: As fraturas do esqueleto facial em crianças são menos comuns do que em adultos, devido a maleabilidade do osso e menor exposição a forças traumáticas. No trauma facial pediátrico, as fraturas condilares são as mais comuns e mais comumente tratadas de forma conservadora. Entretanto a literatura atual consideradas certas indicações absolutas para a redução aberta, mesmo para faixa etária precoce. Objetivo: Relatar caso clínico de fratura condilar pediátrica tratado cirurgicamente. Conduta clínica: Paciente do sexo masculino, 11 anos de idade, atendido pela equipe CTBMF- FOAr UNESP, com trauma de face após queda de bicicleta. Ao exame clínico, apresentava edema em região pré- auricular esquerda, limitação de abertura bucal e mordida aberta posterior à direita. A tomografia computadorizada de face revelou fratura subcondilar no lado esquerdo. O paciente foi submetido, sob anestesia geral, à redução e fixação com placas e parafusos de titânio através de acesso retromandibular. Resultados: No acompanhamento pósoperatório, apresenta simetria facial, abertura bucal de 42 mm com lateralidade simétricas de 10 mm e oclusão dentária adequada. Conclusão: O tratamento cirúrgico e não cirúrgico para fraturas condilares no paciente em crescimento, ainda é controverso e não devem ser comparados pois as indicações para ambas as modalidades de tratamentos são distintas. A literatura atual, demonstra claramente a necessidade de tratamento cirúrgico em casos específicos devido a melhor restauração anatômica do côndilo, menos chances de dor pós-operatória e melhores resultados na correção da oclusão dentária. Independentemente do tipo de tratamento instituído, é extremamente importante o acompanhamento do paciente em longo prazo.