Introdução: O leite materno contém nutrientes vitais para o desenvolvimento adequado do bebê. O Ministério da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo (AME) por seis meses, seguido de aleitamento materno complementar por dois anos. O desmame precoce refere-se à interrupção prematura do aleitamento ou à Introdução prematura de alimentos sólidos antes dos seis meses de idade. Os fatores que contribuem para o isso incluem patologias e problemas fisiológicos da mãe ou do bebê, além de aspectos socioeconômicos e culturais. Objetivo: Analisar os fatores de risco relacionados ao desmame precoce. Método: Realizou-se um levantamento bibliográfico, por meio das bases de dados: SciELO, Medline e Lilacs, utilizando os descritores: Aleitamento materno; desmame e Fatores de risco, através do operador booleano “AND”. A catalogação dos artigos foi realizada, tendo como critérios de inclusão artigos nos idiomas: espanhol, inglês e português, dos anos de 2015 a 2023 e de exclusão, textos com apenas o resumo disponível. Foram selecionados 9 artigos. Resultados: Observou-se que o AME é suscetível ao impacto de diversas variáveis, que podem afetar a decisão de continuar a amamentar ou de desmamar precocemente. Essas variáveis podem ser classificadas em cinco categorias. A primeira categoria são as variáveis demográficas, que incluem mães jovens, com apenas um filho, que não têm apoio dos familiares ou têm experiência com a amamentação. A segunda categoria são as variáveis socioeconômicas, como a baixa renda familiar. Outros têm sido associados à menor escolaridade materna e ao trabalho fora de casa. Por fim, as variáveis associadas ao binômio mãe-filho incluem problemas patológicos ou fisiológicos. Anatomia mamária, mamilos rachados, lactação insuficiente, parto prematuro e lábio leporino são alguns dos problemas relacionados à amamentação. Conclusão: É importante que os profissionais sejam capacitados a ofertar um cuidado de forma integral, possibilitando o desmame no momento certo.