Efeitos locais e sistêmicos da suplementação com erva-mate (Ilex paraguariensis) em ratos Wistar com periodontite apic
Verônica Magnani Nunes ROMANINI, Carolina Sayuri WAJIMA, Carolina De Barros Morais CARDOSO, Murilo Catelani FERRAZ, Almir Gabriel Bolonez RODRIGUES, Flávio Duarte FARIA, Luciano Tavares Angelo CINTRA
Resumo
Introdução: A periodontite apical (PA) é caracterizada por inflamação e reabsorção óssea periapical devido à colonização de bacteriana no sistemas de canais radiculares. A erva-mate (EM) (Ilex paraguariensis) possui diversos efeitos benéficos à saúde devido à sua atividade antioxidante, anti-inflamatória, antimicrobiana, antiobesidade antidiabética, anticancerígena, neuroprotetora, proteção cardiovascular e regulação da microbiota intestinal. Diante do apresentado, a busca por saúde da sociedade atual é visada diante dos interesses dos benefícios da suplementação com EM na PA. Objetivo: Avaliar o desempenho da EM sobre a severidade da periodontite apical. Método: Foram utilizados 40 ratos Wistar divididos em 4 grupos (n=10): ratos controle (C), ratos com PA (PA), ratos tratados com EM (EM); ratos com PA e tratados com EM (PA+EM). A EM foi administrada por gavagem (20 mg/kg) 28 dias antes da indução da PA e 30 dias após, até a eutanásia. A PA foi induzida pela exposição pulpar dos 1° e 2° molares superiores e inferiores do lado direito. No final do período experimental, o sangue foi coletado para análise de triglicérides (TG), capacidade antioxidante total do plasma (CAT) e verificação da oxidação lipídica pela análise de substâncias reativas ao cálcio tiobarbitúrico (TBARS). Os animais foram eutanasiados e as hemi-mandíbulas direitas coletadas para análise histológica em hematoxilina-eosina do infiltrado inflamatório e área de reabsorção óssea. Testes estatísticos foram aplicados (p<0,05). Resultados: A EM demonstrou ação preventiva no TG, pois o grupo EM apresentou menores valores comparado ao grupo CO. A EM atuou de forma antioxidante, aumentando o CAT e diminuindo o TBARS no grupo PA+EM em relação ao grupo PA. Já nos efeitos locais, a EM diminui o infiltrado inflamatório e reabsorção óssea nas lesões de PA. Conclusão: A EM é capaz de atuar sistemicamente e localmente diminuindo os impactos da severidade da PA.