Análise do infiltrado inflamatório do tecido pulpar de ratos diabéticos submetidos ao procedimento clareador
Isadora Larini de SOUZA, Juliana GOTO, Isabela Joane Prado SILVA, Francine BENETTI, Doris Hissako MATSUSHITA, Edilson ERVOLINO, André Luiz Fraga BRISO, Luciano Tavares Angelo CINTRA
Resumo
Introdução: A clareação dentária é um dos procedimentos mais procurados nos consultórios devido a busca pelo padrão estético imposto pela sociedade moderna. No entanto, estudos tem indicado que a clareação associada a doenças como a diabetes mellitus apresenta potencial para influenciar diretamente na resposta inflamatória pulpar. Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar a influência da diabetes no processo inflamatório do tecido pulpar de ratos após clareação dentária. Método: Setenta ratos Wistar machos foram divididos em 2 grupos: normoglicêmico e diabético. A diabetes foi induzida por estreptozotocina e confirmada após 7 dias. A clareação foi realizada com peróxido de hidrogênio na concentração de 17,5%, por 30 min, nos molares superiores formando os grupos: normoglicêmico, diabético, normoglicêmico clareado e diabético clareado. Após 0h, 2, 7, 15 e 30 dias (n=7), os animais foram eutanasiados e as maxilas removidas e processadas para avaliação histológica em HematoxilinaEosina e imunohistoquímica via densidade óptica de imunomarcação para interleucina (IL)-6. Testes estatísticos foram aplicados (p<0,05). Resultados: Em 0h, observou-se presença de tecido pulpar necrótico nos grupos clareados. Aos 2 e 7 dias, o grupo diabético clareado apresentou inflamação mais intensa que o grupo normoglicêmico clareado (p<0,05). Aos 15 e 30 dias, foi observada reparação do tecido pulpar, sem áreas de necrose pulpar nos grupos normoglicêmico e diabético clareados (p>0,05). Para (IL)-6, aos 2, 7 e 15 dias o grupo normoglicêmico clareado apresentou maior densidade óptica de imunomarcação quando comparado ao grupo diabético clareado (p<0,5). A maior diferença foi observada no período de 15 dias, onde o grupo diabético clareado apresentou densidade óptica de imunomarcação de IL-6 de 68,62% contra 55,07% do grupo normoglicêmico clareado. (p>0,05). Conclusão: Conclui-se que a diabetes influencia na severidade da inflamação do tecido pulpar após clareação dentária, elevando a produção de IL-6.