Introdução: As disfunções temporomandibulares (DTM) abrangem uma variedade de condições que afetam a articulação temporomandibular, músculos da mastigação e estruturas musculoesqueléticas da cabeça e pescoço. Atletas competitivos apresentam fatores de risco para o desenvolvimento destas condições devido a ocorrência de traumas por contato durante o esporte e à falta de proteção adequada para a região temporomandibular. Objetivo: Revisar a literatura e responder à pergunta: “Há prevalência de DTM em atletas de esportes competitivos?”. Método: Esta revisão seguiu as diretrizes do PRISMA 2020 e foi registrada no PROSPERO (CRD42024535448). Foram realizadas buscas personalizadas nas bases de dados Scopus, Pubmed, Embase e ScienceDirect. A estratégia de busca foi formulada pelo PECO: P= Atletas de esportes competitivos, E= Presença de disfunção temporomandibular, C= Ausência de disfunção temporomandibular, O= Prevalência de DTM em atletas de esportes competitivos. Foram incluídos estudos observacionais que aplicaram questionários para avaliar a prevalência de DTM. O risco de viés foi avaliado pela ferramenta do Joanna Briggs Institute. Resultados: Dos 1.010 estudos encontrados, 189 duplicados foram removidos, 815 foram excluídos por título e resumos, e 6 incluídos nesta revisão. Três estudos apresentaram baixo risco de viés e 3 alto risco devido à falta de detalhamento metodológico. Os esportes avaliados incluíram Boxe, Karate, MMA, Basquetebol, Futebol, Futebol Americano, Rugby, Corrida, Biatlo, Crosscountry esqui, Remo, Triatlo e Hóquei. Foi relatado que atletas competitivos apresentam prevalência maior de sinais de DTM como estalidos, crepitação, dor muscular ao mastigar, dor na articulação e dificuldade de abertura bucal, especialmente em esportes de contato intenso como Karate, MMA e Boxe. Conclusão: Há prevalência de DTM em atletas de esportes competitivos como Boxe, Karate, MMA, Basquetebol, Futebol, Futebol Americano, Rugby, Corrida, Biatlo, Cross-country esqui, Remo, Triatlo e Hóquei.