Revista de Odontologia da UNESP
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Revista de Odontologia da UNESP
Congress Abstract

Manifestação clínica incomum do carcinoma espinocelular: relato de caso

Ana Júlia Alves de VASCONCELOS, Luiza Lo FIEGO, Pedro Magalhães de LIMA NETO, Nathalia Souza de ANDRADE, Daniele Heguedusch OLIVEIRA, Gabriela Banacu de MELO, Marília Trierveiler MARTINS, Camila de Barros GALLO

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Resumo

Introdução: O carcinoma espinocelular (CEC) é a neoplasia maligna mais comum em boca e sua prevenção constitui um desafio mundial de saúde pública. Acomete majoritariamente homens, tabagistas e etilistas, acometendo tipicamente a língua e o assoalho bucal. Objetivo: Relatar um caso clínico de CEC em região de gengiva, em uma paciente que não se enquadra no perfil epidemiológico e no grupo de risco tradicional. Conduta clínica: Paciente do sexo feminino, 57 anos, leucoderma, não fumante e não etilista foi encaminhada ao Centro de Diagnóstico Oral da FOUSP para a investigação de lesão em gengiva, com 1 mês de evolução. Durante a anamnese, a paciente relatou hipertensão como única alteração sistêmica e negou história familiar prévia de câncer. Não foi observada linfoadenopatia locorregional. Ao exame intraoral, observou-se uma úlcera exofítica de 3 cm em região de rebordo alveolar, se estendendo para palato duro, envolvendo os dentes 16 e 17. A lesão apresentava bordas elevadas, irregulares e superfície rugosa. Diante disso, foi realizada uma biópsia incisional da lesão, com hipótese clínica de CEC. Resultados: A análise histopatológica foi compatível com carcinoma espinocelular. O exame microscópico revelou proliferação de células epiteliais invadindo tecido conjuntivo, pleomorfismo celular e nuclear, núcleos hipercromáticos, alteração da proporção núcleo/ citoplasma, mitoses átipicas e formação de pérolas córneas. A paciente foi encaminhada ao serviço hospitalar para dar seguimento ao tratamento. Conclusão: A incidência de CEC em gengiva de mulheres não tabagistas e não etilistas aumentou nos últimos anos, especialmente pelo diagnóstico de leucoplasia verrucosa proliferativa. Diante disso, destaca-se a relevância da contínua capacitação do CirurgiãoDentista e a avaliação dos pacientes com lesões gengivais crônicas, principalmente aquelas que não apresentam um comportamento clínico incomum, como as alterações gengivais resultantes da baixa resposta ao tratamento periodontal convencional.

Palavras-chave

Carcinoma de células escamosas; gengiva; fatores de risco
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