Manejo de lesões de tecidos moles associados a fratura no pronto atendimento hospitalar: relato de caso
Sthefany Missiato Araujo AUGUSTO, Izabela Fornazari DELAMURA, Izabella SOL, Monique Gonçalves DA COSTA, André Luis FABRIS, Idelmo Rangel GARCIA JUNIOR, Ana Paula Farnezi BASSI
Resumo
Introdução: A mandíbula, apesar de ser um osso denso e resistente, apresenta alta incidência de fratura após traumas faciais, tendo como principais causas acidentes automobilísticos, motociclísticos e agressões físicas. Diante traumas de alta cinética, o envolvimento de lesões de tecidos moles é comumente visualizado, representando um desafio na conduta dos casos. Objetivo: o intuito deste trabalho é relatar o caso clínico de uma paciente vítima de acidente ciclístico com fratura mandibular e extensos ferimentos em face com perda de segmento e contaminação por terra. Conduta clínica: No exame físico inicial apresentava ferimentos dermo-abrasivos e corto-contusos com sangramento ativo em múltiplas regiões de hemiface direita, associado a edema em região frontal, periorbital e malar direita, equimose periorbitária com preservação de mobilidade ocular e acuidade visual. Na tomografia computadorizada de face foi possível observar fratura de corpo mandibular cominuta a direita com perda de segmento. Devido a contaminação dos ferimentos com terra e gravidade do caso, foi proposto como tratamento de urgência a redução e fixação da fratura e desinfecção e suturas dos ferimentos em face sob anestesia geral. Resultados: Após 60 dias de acompanhamento, foi possível observar restauro da integridade dérmica bem como minimização de sequelas. Conclusão: Podemos concluir que o diagnóstico detalhado e a abordagem rápida nos traumas de face é de grande importância para se obter resultados estéticos e funcionais satisfatórios.