Laserterapia de baixa potência como tratamento para síndrome da ardência bucal
Maria Clara Cardoso de Almeida GOMES, Marna Eliana S
Resumo
Introdução: A Síndrome da Ardência Bucal (SAB) é caracterizada como uma sensação crônica de queimação intrabucal local e/ou sistêmica, sem causa identificável. A duração diária é de ao menos duas horas, e é persistente por mais de três meses. Objetivo: Este estudo de revisão de literatura teve como propósito reunir dados clínicos e terapêuticos relevantes, através da busca sobre o efeito da laserterapia de baixa potência no tratamento da síndrome da ardência bucal. Método: A revisão bibliográfica foi realizada nas bases de dados Scielo, Pubmed e Google Scholar, com uso dos descritores “Burning Mouth Syndrome”, “Laser Therapy”, entre outros em diversas combinações, procurando artigos publicados nos últimos 15 anos. Resultados: Foram selecionados 16 artigos, dos quais 62,5% mencionam a relação entre a SAB e comportamentos depressivos e ansiosos, associados à dor constante e à baixa eficácia dos tratamentos. A SAB é uma dor neuropática caracterizada por queimação ou parestesia na mucosa oral. Essa dor frequente impacta significativamente a qualidade de vida dos pacientes. A laserterapia surgiu como tratamento alternativo ou complementar a outras terapias cientificamente comprovadas, como o uso de clonazepam e o ácido alfalipóico, levando à realização de estudos sobre sua eficácia e potenciais efeitos colaterais. A laserterapia de baixa potência, ou “fotobiomodulação”, apresenta efeitos anti-inflamatórios e analgésicos, sendo não invasiva e bem tolerada pelos pacientes. Todos os estudos citaram a laserterapia como opção para tratamento da SAB, sendo que 43,75% usaram laser infravermelho, 37,5% usaram luz vermelha e infravermelha, e apenas um estudo (6,25%) fez uso do laser vermelho. Dois (12,5%) estudos não citaram o tipo de luz usada. Conclusão: É possível concluir que a fotobiomodulação é uma terapia eficaz contra a síndrome da ardência bucal, melhorando os sintomas apresentados pelo paciente e com ótima aceitabilidade pela ausência de efeitos colaterais.