Introdução: As agressões físicas, juntamente com os acidentes de trânsito, são as maiores responsáveis por ocasionar traumas em face, levando os pacientes a procurarem atendimento, além de trazer morbidade importante a estes. As fraturas do Complexo Zigomático-Orbitário figuram entre as mais comuns dentre a totalidade dos traumas faciais, devido a proeminência do zigoma na face. Este, tem papel crucial na forma, função, e estética do terço médio facial, e as injúrias trazem complicações características. É fundamental que se realize o diagnóstico preciso dessas afecções, por meio dos exames clínico e de imagem, para que se realize o correto tratamento. Objetivos: O objetivo deste trabalho é relatar um caso de trauma facial do terço médio, manejado a nível de centro cirúrgico, em um hospital universitário. Conduta clínica: Paciente do sexo masculino, 36 anos, etilista, tabagista e dependente químico, foi encaminhado ao Pronto Atendimento do HU de Londrina, vítima de agressão física. Ao exame, notou-se edema e equimose periorbital bilateral importante, mobilidade ocular extrínseca preservada, restrição de abertura bucal, mobilidade de maxila e alteração oclusal. O exame tomográfico evidenciou fratura de Complexo Zigomático-Orbitário à esquerda, fratura Le Fort I, arco zigomático, ossos próprios do nariz e processo coronoide. Diante da condição clínica do paciente, a abordagem escolhida foi cirúrgica, de modo a reposicionar os fragmentos deslocados e fixar os mesmos com placas e parafusos. Resultados: No pós-operatório, o paciente apresentou oclusão estável e preservação da projeção facial sem queixas relacionadas. Conclusão: Conclui-se que, as fraturas de face apresentam grande relevância clínica para o cirurgião bucomaxilofacial, pela capacidade de prejudicar visão, função mastigatória e estética, sempre devendo abordar cirurgicamente para restabelecer estes fatores, devolvendo o contorno facial adequado ao paciente e o retorno ao convívio social.