Introdução: O tratamento endodôntico consiste na extirpação do tecido vascular e dos nervos existentes no interior do dente, seguido da limpeza e modelagem do(s) canal(is) radicular(es). Sua finalidade é proporcionar a manutenção e função do dente, podendo se utilizar exames complementares como a fistulografia para auxiliar no diagnóstico. A fistulografia é o rastreamento radiográfico de uma fístula, e consiste na Introdução de um cone de guta-percha delicadamente através do trajeto fistuloso da saída, denominada de parúlide até que a gutapercha encontre resistência. Após, faz-se uma radiografia periapical, para detectar o dente promotor da fístula. Objetivo: O objetivo deste estudo é relatar um caso clínico de tratamento endodôntico com uso da fistulografia, como um dos meios de diagnósticos. Conduta clínica: Paciente do sexo masculino, 29 anos de idade, compareceu à clínica odontológica da Uningá, queixando-se de uma ferida na gengiva. Através do exame clinico intrabucal observouse que o dente 21 apresentava a coroa escurecida, estava hígido, e havia a presença de uma fístula entre os dentes 21 e 22. Os testes de sensibilidade pulpar ao frio e o de percussão vertical obtiveram respostas negativas, não havendo sintomatologia de dor. Na radiografia panorâmica visualizou-se uma lesão apical abrangendo os dentes 21 e 22. Por meio do teste da fistulografia foi possível localizar a origem da lesão, no dente 21 e realizouse tratamento endodôntico no mesmo. Resultados: Após 6 meses o paciente retornou e observou-se ausência de fistula e a redução da lesão periapical. Conclusão: Assim, o exame da fistulografia quando necessário faz-se relevante para o diagnóstico e sucesso para o tratamento endodôntico.