Revista de Odontologia da UNESP
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Congress Abstract

Escleroterapia no tratamento de lesão vascular traumática em mucosa jugal: relato de caso

Sara de Andrade PEREIRA, Isabela Lorrane Mota do NASCIMENTO, Paulo Sérgio da Silva SANTOS

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Resumo

Introdução: Má formação vascular refere-se a lesões do sistema vascular ou linfático, comuns na cabeça e pescoço, caracterizadas por defeitos na maturação dos vasos e na morfogênese vascular. Na cavidade oral, são frequentemente observadas nos lábios, língua, mucosa bucal e palato. Sua etiologia pode envolver traumas ou gravidez. Objetivo: Relatar o caso clínico do uso da escleroterapia no tratamento de lesão vascular oral. Conduta clínica: Homem, 65 anos, com queixa de “pequena lesão roxa na boca, que machuca por conta de dente de baixo”. História médica inclui hipertensão controlada, uso de medicação para gota e Losartana, além de AVC há dois anos e etilismo. Ao exame físico, observou-se perda de vermelhidão labial, nódulo arroxeado pediculado e móvel na mucosa jugal esquerda superior, mancha vermelha na borda lateral esquerda da língua, recessão gengival, gengiva edemaciada, atrição dentária nos dentes anteriores superiores, prótese removível na arcada inferior esquerda e cisto de retenção no seio maxilar esquerdo na radiografia panorâmica. Com base nas características clínicas compatíveis com lesão vascular, foi estabelecido o tratamento com escleroterapia. Aplicação de Ethamolin® e Articaína na proporção de 7:3, seguida por dipirona 500 mg a cada 6 horas por 3 dias. Resultados: Após 7 dias, o paciente retornou com melhora na lesão e início de cicatrização. Notou-se formação de úlcera com fundo fibrinoso, sendo realizada uma sessão de laserterapia (660 nm, 100 mW, E=1 J/cm²) em 7 pontos da lesão para auxiliar o processo de remodelação tecidual. Foi prescrita clorexidina 0,12% para higiene oral. Após 7 dias, houve melhora adicional na cicatrização, com nova sessão de laserterapia (660 nm, 100 mW, E=1 J/cm²), e adição de Omcilon A-Orabase. Após 15 dias, o paciente retornou com regressão total da lesão e recebeu alta. Conclusão: O tratamento demonstrou a eficácia da escleroterapia na redução progressiva da lesão vascular oral, e a laserterapia mostrou-se eficaz no auxílio ao processo de cicatrização e reparo tecidual.

Palavras-chave

Escleroterapia; medicina bucal; malformações vasculares
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