Efeito sinérgico do risedronato sistêmico e genistína local e seu impacto no reparo perimplantar em ratas com deficiência de estrógeno
Marina Correa DUTRA, Roberta OKAMOTO, Gabriela Moraes JULIÃO, Ana Carolina dos PASSOS, Jaqueline Sueli HASSUMI, Fábio Roberto de Souza BATISTA
Resumo
Introdução: Osteoporose é uma doença multifatorial caracterizada pela fragilidade óssea. A terapia de escolha para o tratamento desta patologia consiste no uso de anti-reabsortivos, como o risedronato de sódio. No entanto, o efeito anti-reabsortivo pode prejudicar a dinâmica do reparo periimplantar. Por este motivo, algumas estratégias como a funcionalização da superfície dos implantes podem ser utilizadas, com o intuito de atuar localmente nas respostas celulares após a instalação dos implantes osseointegráveis. Objetivo: Avaliar a ação sinérgica entre o risedronato de sódio sistêmico e a genisteína local no reparo periimplantar de ratas ovariectomizadas e com síndrome metabólica. Método: 24 ratas foram divididas em três grupos, sendo eles: SHAM [ratas submetidas à cirurgia fictícia]; OVX-SM [ovariectomizadas com dieta de cafeteria]; OVX-SM-RIS [ovariectomizadas com síndrome metabólica e tratadas com risedronato de sódio]. Após 20 dias da cirurgia iniciou-se o tratamento via gavagem com risedronato no grupo OVX SM-RIS. 60 dias do início da gavagem foi realizada a cirurgia de exodontia dos primeiros molares superiores e instalação dos implantes. Cada grupo foi subdividido em dois outros grupos, GEN, implantes funcionalizados com genisteína, e CONV, implantes convencionais. Os animais foram eutanasiados 28 dias após a instalação dos implantes. As amostras de tecido ósseo reparacional foram coletadas e submetidas à análise de PCR tempo real e para mensuração do torque reverso de remoção na interface do implante. Resultados: A genisteína local associada ao risedronato sistêmico contribuiu para que houvesse uma melhora na expressão de genes ALP, BSP e OCN. Para o teste mecânico, os grupos SHAM e OVX-SM-RIS em implantes funcionalizados com genisteína obtiveram maiores valores. Conclusão: A combinação entre o risedronato de sódio, um fármaco de ação sistêmica, e a genisteína local mostrou-se favorável para a melhora no processo de reparo periimplantar.