Revista de Odontologia da UNESP
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Revista de Odontologia da UNESP
Resumo de Congresso

Aspectos dentários da síndrome otodental em paciente odontopediátrico

Lizandra Oliveira CUNHA, Nilton José SILVA FILHO, Kasandra YUPANQUI, Manuel RESTREPO, Aline Leite FARIAS, Elisa Maria Aparecida GIRO, Lourdes SANTOS-PINTO, Diego Girotto BUSSANELI

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Resumo

Introdução: A síndrome Otodental (ODS) é uma condição autossômica dominante rara, caracterizada por múltiplas anormalidades craniofaciais e dentais que incluem perda auditiva neurossensorial, coloboma ocular, globodontia de molares e caninos, agenesia de pré-molares e erupção dentária tardia. Apesar do perfil hereditário bem definido, com microdeleções nos cromossomos 11q13.3 e 20q13.1 e mutações nos genes FDF3, BMP-4, MSX-1, DLA-1 e DLX-3, ocorrências incomuns apresentam casos de penetrância incompleta, dificultando o processo de diagnóstico. Objetivo: Reportar a trajetória clínica de uma paciente com Síndrome Otodental admitida na Faculdade de Odontologia de Araraquara (FOAr - Unesp). Conduta Clínica: Uma paciente do gênero feminino, de 6 anos, foi submetida a um minucioso exame clínico após dar entrada no serviço odontopediátrico da FOAr apresentando queixa de atraso na erupção dentária e alterações morfológicas em múltiplos dentes. Na anamnese foi relatado que a criança apresentava queixa recente de perda auditiva e sensibilidade dentária. O histórico familiar paterno revelou padrão semelhante de perda auditiva e alterações dentárias mais brandas. No exame intraoral foi observada globodontia em região de caninos e molares, com incisivos decíduos hígidos. Já no exame radiográfico identificou-se a presença de lesões mandibulares bilaterais semelhantes a odontomas complexos e ausência dos germes dos pré-molares. Resultados: Após detalhada investigação clínica e descarte das hipóteses diagnósticas diferenciais, a paciente e sua família foram esclarecidas sobre a ODS e receberam orientações de saúde bucal. Foi realizado encaminhamento da paciente ao serviço especializado de otorrinolaringologia e ela foi incluída em um programa de acompanhamento, onde recebeu atendimento odontológico preventivo e terapêutico. Conclusão: O diagnóstico da ODS é desafiador e carece de uma avaliação meticulosa e conclusiva, sendo fundamental o manejo multidisciplinar e o monitoramento periódico desses casos.

Palavras-chave

Síndrome otodental; cromossomo 11q13; genes dominantes
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