Introdução Muito se discute acerca do número ideal de implantes para ancorar uma prótese protocolo. Alguns fatores que devem ser considerados: distribuição de forças mastigatórias, tamanho do cantiléver, necessidade de enxerto ósseos, facilidade em higienização, custo operacional. A técnica “All-on-four” tem ganhado cada vez mais espaço devido a algumas vantagens em comparação com técnicas convencionais. Existem revisões sistemáticas sobre o assunto, mas nenhuma pôde responder categoricamente sobre a viabilidade e longevidade desta técnica. Objetivo Realizar uma overview de revisões sistemáticas que estudaram viabilidade e longevidade da técnica “All-on-four”, em comparação com técnicas convencionais. Método Foi realizada busca eletrônica em nove bases de dados. O estudo incluiu revisões sistemáticas com ou sem metanálises que investigaram a técnica “All-on-four”, em comparação ou não com outras técnicas. Foram analisados 4 desfechos: número de implantes, tipo de carregamento, perda óssea marginal, taxa de sobrevivência de implantes e prótese. Resultados De 2507 títulos encontrados, restaram 8 revisões sistemáticas para análise de dados. A análise revelou taxa de sucesso dos implantes entre 92% e 98% após acompanhamento de 3 a 10 anos. Os pacientes relataram elevados níveis de satisfação, principalmente devido à melhora estética e funcional. As complicações mais comuns incluíram periimplantite e falhas protéticas como soltura de parafusos e quebra do acrílico. Conclusão A técnica “All-on-four” é uma abordagem viável e eficaz para a reabilitação de arco total, apresenta vantagens em termos de custo, tempo de tratamento, e facilidade de higiene. As complicações, embora presentes, são manejáveis e não comprometem os benefícios gerais do tratamento. Contudo, é essencial a seleção criteriosa dos pacientes e o acompanhamento regular para garantir a longevidade dos resultados.