Introdução: A lesão periférica de células gigantes é um processo proliferativo não neoplásico reacional à irritação local ou trauma. Apresenta-se como um crescimento nodular, relativamente comum na cavidade oral. Objetivo: relatar um caso de lesão periférica de células gigantes. Conduta clínica: Paciente 45 anos, sexo masculino, ex-tabagista, exalcoolista, refere insuficiência cardíaca e faz uso das seguintes medicações: hidroclorotiazida e aldactone. Compareceu ao Serviço de Medicina Bucal com queixa de “caroço embaixo da língua”, que surgiu a um ano e meio, indolor, e relatava sangramento durante a escovação. Ao exame clínico, foi observado nódulo séssil, de aproximadamente 2 cm, superfície ulcerada e coloração arroxeada. Foi solicitado radiografia oclusal total de mandíbula, e se observou uma expansão da cortical lingual na região das unidades 42,43 e 44. Na radiografia periapical observou-se reabsorção óssea em forma de taça e a panorâmica revelou doença periodontal com perda óssea horizontal. Resultados: diante dos achados clínicos e radiográficos, as hipóteses diagnósticas foram: lesão periférica de células gigantes e granuloma piogênico. A conduta instituída foi a realização de biópsia incisional e o resultado histopatológico foi de lesão periférica de células gigantes. O paciente foi encaminhado à disciplina de cirurgia para remoção cirúrgica da lesão. Conclusão: Salientar a importância do diagnóstico precoce dessa lesão, a fim de se obter um tratamento menos agressivo e um prognóstico mais favorável ao paciente.