Introdução: A periodontite apical (PA) eleva os níveis de mediadores inflamatórios no sangue, e esses níveis aumentam conforme cresce o número de dentes acometidos pela PA. Inflamações bucais, como a doença periodontal, têm potencial de impactar negativamente o desempenho físico indivíduos, mas não se sabe se isso também acontece na PA. Objetivo: Avaliar se a PA afeta o desempenho no exercício físico empregando modelo em ratos. Método: Para avaliar o desempenho físico, ratos Holtzman machos foram submetidos ao teste de potência máxima (Tmax) (tempo 0). Então, eles foram distribuídos em 4 grupos (n=10/grupo): com exercício físico e sem indução de PA (Ex); com exercício físico e com indução de PA (Ex+PA); sedentário e sem indução da PA (S); sedentário e com indução de PA (S+PA). Nos grupos com Ex, os animais foram submetidos a um treinamento aeróbico de intensidade moderada, usando corrida em esteira para os ratos, com inclinação de 0%, intensidade de 60% do Tmax, 1 hora por dia, 5 dias por semana, durante 11 semanas. Para avaliar o desempenho físico, foi aplicado novamente o teste de potência máxima (Tmax) em 8 semanas. Em 8 semanas, foi realizada a abertura coronária dos primeiros e segundos molares superiores e inferiores esquerdos dos animais dos grupos com indução da PA, e manutenção da câmera pulpar aberta ao ambiente bucal por 21 dias para formação da PA. Após abertura coronária, os animais dos grupos com exercícios mantiveram o treinamento como descrito acima. Após os 21 dias (ao final de 11 semanas do experimento) foi realizado novo Tmax. Resultados: Os resultados de Tmax dos grupos treinados foram maiores do que os dos grupos sedentários (p<0,05). Não houve diferença quanto ao desempenho de exercício físico (Tmax) entre os grupos treinados (Ex e Ex+PA), e entre os grupos sedentários (S e S+PA) (p>0,05). Conclusão: A presença de PA não afetou o desempenho de exercício físico.