Introdução: O tratamento das neoplasias maxilofaciais é complexo, envolvendo diagnóstico, terapia e acompanhamento, com cirurgias e, para casos malignos, radioterapia e/ou quimioterapia. A cirurgia oncológica visa a cura, com margens de segurança, resultando em defeitos extensos. O tratamento reabilitador pós-ressecção pode incluir cirurgias reconstrutivas, próteses obturadoras e implantes. Implantes subperiosteais, colocados sob o periósteo, oferecem fixação estável mesmo com perda óssea ou anatomia complicada, personalizando soluções para cada paciente. Objetivo: Está revisão visa aprofundar o entendimento da literatura sobre o uso de implantes subperiosteais na reabilitação de pacientes com neoplasias bucais. Há uma lacuna na literatura sobre a eficácia e os desfechos clínicos desses implantes comparados a outras técnicas de reconstrução. Está revisão sistemática busca fornecer uma avaliação crítica da evidência disponível. Método: Seis bases de dados (Embase, LILACS, PUBMED, SciElo, Scopus, Cochrane Library) e duas bases de dados de literatura cinzenta (Mednar e ProQuest) foram utilizadas. O protocolo de pesquisa foi registrado no PROSPERO. Foram incluídos estudos de implantes em pacientes com ressecção maxilofacial, sem restrição de ano, idioma e status de publicação. O risco de viés foi avaliado pela ferramenta “JBI Critical Appraisal Tools for Case Series”. Resultados: Dos 3851 estudos identificados, somente 6 preencheram os critérios de elegibilidade. Os estudos, publicados entre 2017 e 2022, mostraram precisão aceitável dentro de parâmetros clínicos estabelecidos. Cinco artigos apresentaram baixo risco de viés e um apresentou risco moderado. Conclusão: Os artigos demonstram diferentes métodos de aplicação dos implantes subperiosteais, sua eficiência e falhas. Com as novas tecnologias, a aplicação de implantes subperiosteais em pacientes submetidos a ressecção maxilofacial apresenta altas taxas de sucesso.