Introdução: A impressão 3D vem sendo difundida na confecção de próteses dentárias. Na cavidade oral, essas próteses são susceptíveis a formação de biofilmes. A escovação é um método eficaz de higiene, entretanto, pode favorecer a formação de biofilmes em função da ação de substâncias abrasivas. Objetivo: Avaliar os efeitos da escovação mecânica simulada com agentes de limpeza/ desinfecção sobre a formação de biofilmes de C. albicans em resina convencional e impressa 3D para base de prótese. Método: Foram confeccionados discos de resina termopolimerizável (Vipi Wave) e de resina impressa 3D (Cosmos Denture – Yller), totalizando 252 amostras. Após isso, os espécimes foram divididos aleatoriamente em três grupos: T0: Sem escovação, T1: Escovação simulada de 1 ano; T2: Escovação simulada de 2 anos. A escovação mecânica foi realizada com os seguintes materiais: solução de sabonete desinfetante (Lifebuoy®), dentifrício (Colgate TOTAL®Creme) e água destilada (controle negativo). Os ciclos de escovação simulada foram: 10.000 ciclos simulando 1 ano e 20.000 ciclos simulando 2 anos de escovação. A formação do biofilme foi avaliada pela análise de proliferação celular (contagem de unidades formadoras de colônia) e análise do metabolismo celular (AlamarBlue®). Os procedimentos foram feitos em triplicata em três ocasiões distintas para cada teste (n=9). Os resultados foram analisados pelo teste estatístico U de Mann-Whitney ao nível de significância de 5%. Resultados: Foi verificada diferença estatística em relação ao tempo. Houve aumento na proliferação e no metabolismo celular em todos os grupos de escovação simulada de 2 anos (p=0,007). No T1 avaliado pelo teste AlamarBlue, apenas o grupo dentifrício da resina impressa teve um crescimento microbiano com resultado estatisticamente significativo (p=0,002). Conclusão: A escovação com dentifrício ocasionou aumento na formação de biofilmes de C. albicans nos dois tipos de resina após 2 anos de escovação simulada.