Introdução: Agentes cáusticos quando em contato com a pele e mucosas reagem quimicamente formando compostos ácidos, sendo capaz de gerar queimaduras de segundo grau. Estudos indicam que a terapia de fotobiomodulação, em tais lesões garantem resultados satisfatórios, com diminuição de algia e melhora na cicatrização tecidual. Objetivo: Relatar o caso de paciente que apresentava múltiplas lesões ulceradas e crostosas em cavidade oral, devido a queimadura química. Método: Paciente do sexo feminino, 23 anos, encaminhada via Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Jacarezinho-PR, para o Hospital Universitário de Londrina, após ser vítima de queimaduras de segundo grau por tentativa de feminicídio com soda cáustica, atingindo face, tronco e a maior parte da cavidade orofaríngea. Após quatro dias de internação na Unidade de Terapia Intensiva do Centro de Queimados (UTQ), a equipe de odontologia hospitalar (OH) foi acionada para avaliar as lesões em cavidade oral. No exame físico oral, observou-se limitação na abertura bucal, lesões ulceradas em mucosa interna dos lábios, gengiva inserida anterior (superior e inferior), comissura bucal bilateral, dorso e borda lingual bilateral e ulcerações em assoalho bucal. Conduta Clínica: A conduta adotada pela equipe odontológica, foi a laserterapia nas lesões, para analgesia e acelerar a reparação tecidual, associado ao uso tópico de tocoferol para a hidratação das mucosas orais. Resultados: Após 12 sessões de laserterapia, a paciente evoluiu satisfatoriamente com remissão significativa das lesões em cavidade oral e assim obteve alta hospitalar da equipe médica e odontológica resultados que foram alcançados e observados. Conclusão: Concluise que a presença do cirurgião dentista em ambiente hospitalar e as condutas adotadas pela equipe multiprofissional, contribuiu para a melhora do quadro clínico da paciente hospitalizada, reduzindo a algia, o tempo de internação e cicatrização.