Gengivoestomatite herpética aguda: relato de um caso clínico numa adolescente
Bruno Costa FRANCO, Mariana Paravani PALAÇON, Andreia BUFALINO, Cláudia Maria NAVARRO, Elaine Maria Sgavioli MASSUCATO
Resumo
Introdução: A gengivoestomatite herpética aguda é a infecção primária oral causada pelo herpes simples. Os sintomas podem variar como febre e dor em lesões orais que aparecem como vesículas e se rompem deixando áreas ulceradas com leito amarelado. Objetivos: Ocorre principalmente em crianças e o objetivo deste trabalho é apresentar um caso de gengivoestomatite destacando suas características clínicas e tratamento. Conduta Clínica: Paciente, sexo feminino, raça branca, 13 anos encaminhada com queixa de “bolinhas” que apareceram na boca há 6 dias. Seu histórico médico revelava alteração endócrina relacionada à menarca. O exame clínico extraoral não mostrou alterações. No exame intraoral, observavam-se crostas acastanhadas em vermelhidão de lábio inferior e gengiva marginal livre edemaciada, dolorosa. Se observavam também ulcerações múltiplas no dorso e ventre lingual além de pseudomembrana esbranquiçada recobrindo todo dorso da língua. A hipótese diagnóstica foi de gengivoestomatite e candidose. A paciente foi submetida à limpeza das áreas envolvidas e receitados: bochechos de antifúngico, creme antiviral e pomada cicatrizante e prescrito antiviral sistêmico. Resultados: A paciente retornou após um dia e relatou que já estava se alimentando e podendo conversar melhor. Após 4 dias, a paciente apresentava as lesões em fase final de cicatrização e relatava não haver mais sintomas, se alimentando e falando normalmente. Foi prescrito protetor labial sempre que se expusesse ao sol e após 11 dias, a paciente não apresentava mais lesões, apenas candididose e após 26 dias, não apresentava mais lesões. Conclusão: Salientase a importância do correto diagnóstico de lesões bucais para que se estabeleçam os tratamentos corretos.