Introdução: Os cistos odontogênicos inflamatórios acometem dentes não vitais na região periapical da mandíbula e maxila, sendo o cisto periapical, ou cisto residual, o mais prevalente. Este cisto surge da proliferação dos restos epiteliais de Malassez devido à necrose pulpar. Clinicamente, o cisto residual tende a regredir sem estímulos, mas pode atingir grandes dimensões, necessitando intervenção cirúrgica e exame anatomopatológico. Objetivo: Apresentar o caso clínico de um paciente masculino encaminhado após suspeita de lesão na região anterior da maxila, encontrada após exames de imagens para planejamento reabilitador. Ao exame tomográfico observa-se imagem hipodensa, unilocular, limites definidos por halo hiperdenso, de caráter osteolítico e expansivo, na região anterior da maxila, nas áreas dos dentes ausentes 12, 11 e 21, justaposta à região periapical do dente 13 e à parede anterior do seio maxilar direito e estendendo-se à linha média, envolvendo o canal incisivo e o rebordo alveolar. Observa-se adelgaçamento das estruturas corticais do assoalho da fossa nasal e das tábuas ósseas vestibular e palatina pela ação compressiva da lesão. Conduta clínica: Enucleação do cisto em meio hospitalar sob anestesia geral e intubação nasotraqueal, devido à extensão da lesão, foi necessário realizar enxerto ósseo com osso sintético (Bio-Oss), enxerto autógeno retirado do ramo da mandíbula, membrana de plasma rico em fibrina e de colágeno. Resultados: O paciente está em controle pós operatório com sinais e sintomas condizentes com a normalidade, apresenta pós operatório de 02 meses com exames de imagens mostrando evolução do reparo tecidual. Conclusão: Este caso ressalta a importância de estratégias de diagnóstico para atenuar e regredir quadros de cistos. residuais extensos como o descrito, e propor condições de reparo tecidual capaz de promover futuras reabilitações orais.