Revista de Odontologia da UNESP
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Revista de Odontologia da UNESP
Resumo de Congresso

Influência do DM2 no infiltrado inflamatório de espécimes gengivais de indivíduos com periodontite: morfologia e estereometria

Maria Julia Martins FERREIRA, Renata Cristina Lima SILVA, Ingra Gagno NICCHIO, François Isnaldo Dias CALDEIRA, Maurício Gandini Giani MARTELLI, Joni Augusto CIRELLI, Silvana Regina Perez ORRICO, Raquel Mantuaneli SCAREL-CAMINAGA

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Resumo

Introdução: O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) e a Periodontite (P) são doenças multifatoriais, imuno inflamatórias e inter-relacionadas pela presença de citocinas, bactérias e toxinas, que são liberadas localmente no tecido periodontal e adentram a circulação sistêmica; ao mesmo tempo, mediadores envolvidos no DM2 infiltram-se nos tecidos periodontais, agravando a P. Objetivo: Considerando que indivíduos com DM2 apresentam maior extensão e severidade da P, o objetivo foi investigar se a presença do DM2 afeta o infiltrado inflamatório do periodonto de indivíduos com P. Método: Os pacientes foram divididos em 5 grupos (n = 10 cada): diabéticos compensados com periodontite (DM2_Comp_P), diabéticos descompensados com periodontite (DM2_Descomp_P), diabéticos sem periodontite (DM2_sem_P), pacientes com periodontite sem diabetes (Perio), e grupo sem diabetes e sem periodontite (Controle). Pacientes com tratamento periodontal cirúrgico indicado tiveram coletados um fragmento gengival cada, que seria descartado, para confecção de lâminas com cortes de 5 μm corados em Hematoxilina & Eosina. Foram capturadas 3 regiões de tecido conjuntivo para análise morfológica e estereométrica (percentual de cada componente tecidual em relação ao número total de 1.200 pontos). Resultados: o infiltrado inflamatório foi estatisticamente maior no grupo Perio que nos demais, mesmo na presença concomitante do DM2. Os espaços vazios da matriz foram significativamente maiores (p= 0,03) em DM2_Comp_P comparado a DM2_Descomp_P, indicando um possível efeito da compensação metabólica sobre a matriz extracelular, apesar de não haver diferença entre os grupos na quantidade de vasos sanguíneos, o qual foi maior no grupo Periodontite. Conclusão: Apesar dos níveis sistêmicos de citocinas pró-inflamatórias serem mais altos em pacientes com DM2, no tecido gengival a presença de DM2 não aumentou o infiltrado inflamatório de pacientes com P, de modo que a Periodontite isolada é que promoveu significativa maior porcentagem de células inflamatórias.

Palavras-chave

Diabetes mellitus tipo 2; periodontite; infiltrado inflamatório
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