Introdução: O bruxismo é considerado o ato de apertar ou ranger os dentes involuntariamente devido a atividade repetitiva dos músculos da mandíbula de forma rítmica ou espasmódica, assim como uma compressão da mandíbula e tensionamento dos músculos sem a presença necessária de contato dentário. A toxina botulínica tipo A está sendo utilizada com a finalidade de controlar o bruxismo devido seu efeito bloqueando a liberação de acetilcolina na junção neuromuscular, inibindo a contração muscular. Apesar da placa oclusal continuar sendo a primeira escolha de tratamento, estudos prévios têm demonstrado um crescimento na utilização da toxina botulínica no tratamento do bruxismo. No entanto, ainda persiste uma controvérsia na literatura científica quanto à efetividade desse método terapêutico. Objetivo: Revisar a bibliografia sobre a aplicação da toxina botulínica tipo A para o tratamento dos pacientes que apresentem bruxismo. Método: A presente revisão foi desenvolvida para responder à pergunta PICO: “qual a eficácia da toxina botulínica em pacientes que apresentam bruxismo?”. A busca bibliográfica foi realizada por meio da base de dados PubMed com os termos: (Bruxism[MeSH Terms] OR Bruxism OR Sleep Bruxism OR Bruxers) AND (Botulinium Toxins [MeSH Terms] OR Botulinum Toxin* OR Botox OR BTX OR Onabotulinumtoxina A). Foram considerados apenas estudos clínicos e revisões sistemáticas. Resultados: A pesquisa inicial resultou na identificação de 169 artigos. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 24 artigos foram selecionados para a leitura integral. Os trabalhos avaliados demonstraram que a aplicação de toxina botulínica do tipo A pode ser utilizada na redução dos eventos de bruxismo, tendo efeito na redução da dor, força de mordida e hipertrofia do masseter. Conclusão: A administração da toxina botulínica tipo A apresenta um potencial promissor no controle do bruxismo, independentemente de sua intensidade. Contudo, é necessário investigar os efeitos adversos da aplicação a longo prazo.