Introdução: Classificada como defeito qualitativo do esmalte, a Hipomineralização Molar Incisivo (HMI) é caracterizada por opacidades demarcadas de esmalte, de coloração branca, amarelada ou marrom, com limites bem demarcados, sendo considerada uma patologia idiopática e multifatorial. Este defeito de esmalte afeta de um a quatro primeiros molares permanentes, podendo associar-se a incisivos permanentes afetados, gerando hipersensibilidade e desconfortos estéticos. Objetivo: Estudo transversal com o objetivo de avaliar prevalência e severidade da HMI em escolares de São João da Boa Vista. Método: Para diagnóstico da HMI, foram utilizados critérios da Academia Europeia de Odontopediatria (EADP), avaliando opacidades demarcadas maiores que 1,0 mm de diâmetro. Foram incluídas as crianças com 4 primeiros molares e 8 incisivos permanentes irrompidos, cujos pais autorizaram sua participação e realização dos exames. Em relação ao grau de severidade, foi classificado como “leve”, “moderada” ou “severa”, sendo “leve” o esmalte dentário que apresentava manchamento até um terço da coroa, “moderada” de um a dois terços da coroa, e “severa” o esmalte que apresentava manchamento acima de dois terços da coroa, seguido de perda da estrutura. O exame foi realizado em ambiente escolar, após aprovação do Comitê de Ética de Pesquisa (CAAE: 70686723.3.0000.5382), segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde, por dois examinadores previamente calibrados (kappa=0,93). Resultados: Dos 473 escolares que participaram do estudo, 12,68% apresentaram HMI, sendo que 61,67% com grau leve, 23,33% moderado e 15% severo. Conclusão: Os resultados demonstram que a HMI possui uma prevalência significativa entre os escolares de São João da Boa Vista. A presença de casos moderados e severos totalizam 38,33% dos afetados, ressaltando a necessidade de atenção odontológica específica e de estratégias de manejo adequadas.