Introdução: O ozônio é uma molécula gasosa formada por três átomos de oxigênio. É utilizado de forma terapêutica devido a sua ação antioxidante, antiinflamatória, imunomoduladora, antihipóxica, e antimicrobiana. Objetivo: Relatar principais características que envolvem o uso da ozonioterapia na área odontológica. Método: Foi realizada uma busca nas bases de dados Pubmed, Scopus e Web os Science, utilizando a combinação de termos “ozone therapy, and dentistry, and review”, sendo posteriormente aplicado o filtro de período (2020 a 2024). Dos artigos filtrados, foram incluídos somente estudos de revisão sobre o uso do ozônio em Odontologia de forma geral, sendo excluídos estudos voltados à determinada especialidade. Resultados: Pelo Pubmed foram filtrados 44 artigos, 48 via Scopus e 42 via Web of Science. Após critérios de inclusão, exclusão e eliminação das duplicatas, 10 artigos foram revisados. O uso odontológico se beneficia muito da ação bactericida, antifúngica e antiviral do ozônio, decorrente a sua propriedade oxidante, que induz a destruição das paredes celulares bacterianas e da membrana citoplasmática. As principais formas de administração são o gás, a água ozonizada e óleos ozonizados. As especialidades bastante citadas são a implantodontia, cirurgia, periodontia, endodontia, estomatologia e tratamento de cárie dentária. Foram relatadas poucas contraindicações, dentre elas a deficiência da enzima glicose-6 desidrogenase fosfato (G6PD), hipertireoidismo não controlado, trombocitopenia, anemia grave, intoxicação alcoólica aguda, infarto do miocárdio recente, gravidez. Os autores relataram que há estudos que não mencionam a quantidade e concentração de ozônio utilizado. Conclusão: Apesar da ausência de detalhamento metodológico de alguns estudos que impede uma avaliação fidedigna dos resultados e a reprodutibilidade dos mesmos, a literatura tem demonstrado resultados promissores do uso da ozonioterapia como tratamento coadjuvante em diversas especialidades odontológicas.