Introdução: Os caninos apresentam importante função durante a mastigação, além de sua relevância estética. Este estudo foi instigado pela dificuldade de estudantes do curso de Odontologia na diferenciação entre caninos superiores (CS) e inferiores (CI), além da escassez de artigos científicos relacionados ao estudo detalhado da morfologia externa dos caninos. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar caninos superiores e inferiores permanentes, buscando evidenciar as diferenças entre eles. Método: Cem CS e 100 CI permanentes extraídos foram avaliados. Dezenove medidas foram realizadas utilizando paquímetro digital e outras 11 características qualitativas foram avaliadas de forma visual. Foi realizada análise estatística descritiva e aplicação dos testes Quiquadrado e Exato de Fischer com significância de 5%. Resultados: A média de dimensão total dos CS foi de 27,1mm e dos CI 24,4mm. A proporção das distâncias cervicoincisal e mesiodistal foi de 1,53 nos CI e nos CS foi de 1,35, demonstrando que os CI têm tendência a apresentarem estreitamento no sentido mesiodistal. Com relação à posição do ápice radicular, foi observado que os CS apresentaram maior incidência de curvatura distal e ápice retilíneo, enquanto nos CI houve maior incidência de ápice retilíneo. Nos CS, foi observado sulco radicular mais profundo na face mesial e na face distal nos CI. A posição centralizada da cúspide foi a mais frequente nos CS e nos CI a posição mesial. Foi observada maior proeminência do cíngulo e cristas marginais nos CS comparada aos inferiores. A fossa lingual dos caninos também foi avaliada, estando mais rasa nos CI. Conclusão: O conhecimento das diferenças entre CS e CI auxilia os estudantes de odontologia na identificação correta dos dentes e na reabilitação estética e funcional dos pacientes.