Introdução: A farmacodermia grave é uma reação cutânea adversa a medicamentos que acomete, além da epiderme, unhas, cabelos, olhos, região genital, podendo estar associada com quadro de prurido e lesões em mucosa oral. Objetivos: Mostrar a importância da atuação do cirurgião-dentista em ambiente hospitalar, bem como destacar a relevância da fotobiomodulação no tratamento e manejo de lesões orais. Conduta Clínica: Paciente do sexo masculino, 17 anos, regulado via central de leitos para o Hospital Universitário de Londrina devido a farmacodermia grave após a administração de fenitoína profilática. Na admissão, o paciente apresentava dificuldade de comunicação verbal devido à algia intensa e extensão das lesões em cavidade oral. Ao exame físico foi evidenciado olhos edemaciados, lesões papulares eritematosas e escurecidas disseminadas em membros superiores e inferiores, testículos, face, lábios, palato duro e mucosa bucal. Após 10 dias de internação, sem melhora da região oral, a equipe de enfermagem solicitou, através do pedido de consulta, avaliação das lesões à equipe de odontologia hospitalar. Na análise inicial, o paciente encontrava-se em dieta nasoenteral, apresentava lesões crostosas em toda extensão de vermelhão de lábios, comissura labial bilateral, mucosa intraoral, além de ulcerações na região de palato e mucosa jugal, com presença de sangramento residual, porém ausência de conteúdo purulento. Em discussão com a equipe multiprofissional, optou-se por abordagem com laser de baixa potência inicialmente com protocolo de 2JR e IR em todas as áreas de lesões, associado ao uso tópico de tocoferol, sendo ajustado de acordo com a evolução do quadro clínico. Resultados: Transcorridas 5 sessões de laser, houve remissão total das lesões orais e assim, o paciente obteve alta hospitalar. Conclusão: Conclui-se que a presença do cirurgião-dentista na equipe multiprofissional contribuiu para melhora da condição clínica do paciente hospitalizado, favorecendo o prognóstico e reduzindo o tempo de internação.