Introdução: Alterações da normalidade e patologias podem manifestar-se de diversas maneiras no complexo bucomaxilofacial. Muitas vezes, reconstruções com o uso de enxertos ósseos são necessárias para reabilitar forma, função e estética. Objetivos: Esse trabalho tem como objetivo fazer uma breve revisão da literatura acerca dos tipos, indicações e limitações de enxertos ósseos pós patologias e apresentar um caso clínico que relata a enucleação cirúrgica de um cisto maxilar seguido de enxerto com biomaterial. Material e método ou Conduta Clínica: O relato de caso apresenta um paciente do gênero masculino, 43 anos, encaminhado para a clínica Mazzter OdontoLearning com queixa de dor e diagnóstico prévio de cisto periapical nos solicitando tratamento clínico - cirúrgico de lesão osteolítica em região de maxilar superior anterior com aspecto e características císticas a confirmar. Uma revisão da literatura irá abordar o tratamento de lesões patológicas com uso de enxertos ósseos comparados com a enucleação de cistos sem o uso enxertos. As bases de dados utilizadas foram PubMed, Google Acadêmico e Jornal of Oral and Maxilofacial Surgery. Resultados: O tratamento de defeitos ósseos utilizando enxertos autógenos, alógenos, xenoenxertos e enxertos aloplásticos resultaram em uma queda nas taxas de infecção e distúrbios na cicatrização, pois o uso desses materiais acelera a regeneração óssea, aumenta a resistência e diminui a incidência de defeitos nos tecidos moles. Em contrapartida, a literatura apresenta relatos de uma cicatrização completa em diversos casos, sem a utilização de materiais contribuintes para a regeneração óssea, mesmo nos casos de cistos de grande diâmetro. Conclusão: O tamanho do defeito, tipo histológico das lesões, idade e localização são critérios para decidir a utilização de enxertos. O tempo de cicatrização prolongado aumenta os riscos de fratura óssea e infecção, sendo assim, cabe ao cirurgião avaliar cada caso individualmente levando em consideração esses critérios.